Prazer em alta: Empresária revela como cresceu mais de quatro vezes na pandemia

Empreendedora Eveline Santos, da Eva Sex Shop, começou seu negócio com R$ 200

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  • Carmen Vasconcelos

Publicado em 16 de setembro de 2020 às 22:06

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução/Instagram
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Um dia, ela entrou na sala de aula, subiu na mesa e disse: “meninas que estão com relacionamento difícil, eu tenho a solução!" Abriu uma maleta discreta, cheia de produtos eróticos e, desde então, não parou mais de levar prazer para sua clientela. Esse ano, quando chegou a pensar que fecharia o negócio em virtude da pandemia, ela cresceu 450%. Eveline Santos, da Eva Sex Shop, foi a convidada de Flávia Paixão, na live Empregos e Soluções, do jornal CORREIO, nessa quarta (16).

Quem teve a oportunidade de acompanhar a entrevista pode se deliciar com uma aula de empreendedorismo ministrada com muito humor e leveza. “Não se enganem, vida de empreendedor não é fácil. Eu surto diariamente, mas eu vou sobreviver e vocês também vão”, disse  ela, para os demais empreendedores que acompanharam atentos as palavras da advogada.

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Apesar de ter apenas 26 anos, Eveline confessou que desde criança, o sentimento empreendedor sempre a acompanhou e que comercializou todas as vezes que teve oportunidade, desde de bolo de pote até produtos e serviços em call centers. O início da atuação com produtos sensuais, no entanto, começou sem grandes pretensões, apenas para fazer frente ao pagamento das mensalidades da faculdade de direito e da perda da bolsa de estudos. A conversa de uma hora foi curta para as inúmeras dicas trocadas entre a consultora Flávia Paixão e a empresária Eveline Santos (Foto: Reprodução) Oportunidades “Comecei investindo R$ 100 e meu namorado na época, e hoje meu companheiro e sócio, investiu mais R$ 100, que era o valor de um auxílio de estágio. Segundo ela, que também usava, gostava e recomendava produtos eróticos para as amigas, essa era uma oportunidade para não abandonar os estudos e cuidar da mãe, que havia recebido o diagnóstico de Doença de Chagas. “Pensei: por que não? Tem muitas mulheres na faculdade e no estágio, vi uma oportunidade de negócio”, contou.

Em dois dias, os produtos se esgotaram e ela fez um novo pedido. Com o fim da faculdade, fez uma especialização em ciências criminais. Percebeu que, apesar do status, o dinheiro que ganhava como iniciante na advocacia não era o suficiente para bancar as despesas e garantir uma vida digna para ela e para mãe.

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“Como mulher preta, periférica, atuando na área criminal, não conseguia ter o reconhecimento financeiro que gostaria e que precisava. Então, aproveitei que o meu parceiro e sócio estava insatisfeito com o curso de engenharia e começava a se interessar por gestão comercial, quando decidimos empreender mais uma vez com uma loja física, dentro de um centro de estética, afinal, quando as mulheres vão à depilação, elas têm planos...”, pontuou, mostrando como a oportunidade e as parcerias são armas poderosas na hora de iniciar um negócio.

A loja física, no entanto, sofria com as variantes comerciais do centro de estética, que enchia apenas no final de semana. Eveline percebeu que o comércio realizado nas redes sociais, apesar de todas as limitações impostas a esse tipo de comércio, era o que fazia a diferença e começou a dedicar seu tempo nessa seara, produzindo conteúdo e buscando ampliar o conhecimento dentro da área. A premiação no maior concurso no mercado de produtos eróticos possibilitou a certeza de estar no caminho certo. Eveline foi deixando o direito em segundo plano e passou a se dedicar à loja virtual e ao social commerce.

Focada, determinada e ativa, os planos para o futuro implicam no crescimento da marca, sempre pautada na determinação, estudo e trabalho duro. “Não desistam. Apesar do esforço, vale a pena”, concluiu. As lives Empregos e Soluções são realizadas semanalmente, sempre, às quartas-feiras, no perfil do Instagram do Jornal CORREIO. Quem perdeu, pode assistir a live completa no perfil do jornal.