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Um deles "fabricou uma situação de emergência” para manter contrato superfaturado com uma empresa
Da Redação
Publicado em 28 de dezembro de 2021 às 19:09
- Atualizado há um ano
O atual prefeito de Barreiras, Zito Barbosa, e o ex-prefeito Antônio Henrique Moreira, estão respondendo uma ação civil pública por improbidade administrativa ingressada pelo Ministério Público Federal. A pasta pede a condenação de Zito e Antônio Henrique, exigindo que ambos devolvam a quantia de R$ 708.196,84 aos cofres públicos.
Segundo o MPF, os gestores cometeram diversas irregularidades na contratação e utilização de dinheiro público federal, identificadas em investigação da Controladoria Geral da União (CGU). A CGU e o MPF indicam que houve subcontratação ilícita, superfaturamento e direcionamento de licitação para beneficiar ilicitamente as empresas ganhadoras, num contrato inicial de R$ 4,8 milhões.
Os crimes teriam iniciado no governo de Antônio Henrique de Souza Moreira, que segundo a procuradoria, autorizou e homologou licitação com inúmeras ilegalidades para beneficiar empresas específicas sem capacidade operacional. De acordo com o processo, o então prefeito permitiu a subcontratação ilícita e a prática de superfaturamento no contrato.
Tudo foi mantido na gestão de Zito Barbosa, que, segundo o processo do MPF, foi negligente e “fabricou uma situação de emergência” para manter as empresas na administração. Zito não realizou uma licitação regular e preferiu continuar pagando pelo contrato de forma superfaturada. No mesmo processo, o MPF registra que Zito Barbosa coleciona uma série de conflitos com a Justiça e com Lei, inclusive por supostos crimes em licitações.