Prefeitura diz que residência da Ufba é de responsabilidade da União

Bruno Reis explicou revogação de tombamento de residência universitária

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  • Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2021 às 12:09

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

Após a Universidade Federal da Bahia (Ufba) questionar a revogação do tombamento do conjunto arquitetônico da Residência Universitária 1 (R1) da UFBA, no Corredor da Vitória, o prefeito Bruno Reis explicou que a decisão foi motivada por uma questão de responsabilidade federativa.

"O entendimento do prefeito é que cada ente federativo tem responsabilidade sobre seu patrimônio. Cabe à prefeitura tombar patrimônio municipal e da cidade. Não é responsabilidade da prefeitura o ensino superior. A prefeitura já tem que cuidar do Museu da Misericórdia, do Museu das Baianas, dos Arcos do Taboão e a prefeitura tem que tombar residência para ter mais responsabilidade? Cada um tem as suas e a prefeitura é a que tem menos condição de dar conta", disse o prefeito nesta sexta-feira.

O conjunto é composto pelo casarão, jardins e encosta, e tem características da arquitetura eclética do início do século 20, sendo um remanescente entre prédios históricos demolidos no Corredor da Vitória ao longo das últimas décadas. 

A publicação do Diário Oficial sobre a revogação diz que se baseia na Lei nº 9.379/2018, que trata da relação de crédito com a Caixa. Em nota divulgada esta semana, a Ufba afirmou que não há qualquer impedimento legal ao tombamento do imóvel pelo município pelo fato de este pertencer a uma autarquia federal. 

"O entendimento do prefeito é que não devemos ter essa responsabilidade e dentro do nosso entendimento, revoguei o decreto", concluiu o prefeito.