Preso é suspeito de ter matado mais duas mulheres

Homem foi preso no sábado e autuado por homicídio

Publicado em 2 de outubro de 2017 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Marina Silva/CORREIO

A polícia apura se João Paulo Castro Moreira, 30 anos, preso no sábado pela morte da recepcionista Marília Matércia Sampaio de Andrade, 32, é responsável também pelos assassinatos da comerciante Nadjane Santos de Jesus, 30, em julho, e de uma vítima ainda não identificada, morta na última sexta-feira, no Bairro da Paz. O corpo dela permanecia ontem no IML. As três tinham sinais de violência sexual e ao menos duas delas foram estranguladas.

Família de recepcionista morta vê ligação com crime em Itapuã

João Paulo será apresentado hoje, no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O lugar onde foi deixado o corpo da recepcionista Marília, na Estrada CIA-Aeroporto, fica perto de onde a comerciante Nadjane foi encontrada morta, com sinais semelhantes de violência. No dia 9 de julho, Nadjane foi achada morta, nua, na CIA-Aeroporto, com marcas de espancamento e violência sexual. Ela foi vista pela última vez na Rua Souto Soares, em Itapuã, levando o cachorro de estimação para passear. Horas depois, por volta das 9h30, o corpo dela foi encontrado.

Nadjane e Marília moravam a 15 minutos de distância uma da outra. Familiares da recepcionista acreditam que o mesmo suspeito pode ter cometido os dois crimes. João Paulo foi autuado em flagrante por homicídio. Ele estava escondido em um imóvel no bairro de Mussurunga. Dono de um lava a jato, ele usou o carro de um cliente, uma Toyota Hilux, para abandonar o corpo de Marília na Estrada CIA-Aeroporto. Tanto a família de Marília quanto a de Nadjane acreditam que elas foram forçadas a entrar no veículo.

A recepcionista, que trabalhava havia cerca de seis meses como funcionária terceirizada pela empresa MAP, saiu de casa, na Rua Eduardo Magalhães, em Itapuã, às 7h, e foi até um ponto de ônibus, a 10 minutos da residência. Dali, a recepcionista deveria pegar um ônibus até o trabalho, em um edifício comercial na Avenida Antônio Carlos Magalhães, mas os familiares foram informados, por volta das 9h - horário semelhante ao da primeira vítima -, que o corpo dela havia sido encontrado na rodovia. Corpo de Marília Matércia Sampaio de Andrade, 32 anos, é enterrado na Baixa de Quintas (Foto: Marina Silva/CORREIO) “Antes de sair, ela me pediu R$ 4 emprestados e disse que me pagaria logo que voltasse, mas não voltou mais”, lamentou a irmã da vítima, a cabeleireira Andreia Sampaio, 57. Para a polícia, parentes disseram que Marília tinha conhecido uma pessoa, que não chegou a ser apresentada à família.