Primeira edição do Prêmio Elas Pela Sociedade homenageia mulheres policiais da Bahia

Trabalho social realizado por 140 policiais femininas foi destacado na ação que integra o projeto '1+1 é Sempre Mais Que 2'

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  • Da Redação

Publicado em 15 de março de 2022 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: (Marina Silva/ Correio)

Reconhecer o trabalho que todas as mulheres policiais exercem na Bahia. É para isso que o Prêmio Elas pela Sociedade foi fomentado. Foi lançado nesta segunda-feira, no Centro de Cultura Vereador Manuel Querino da Câmara Municipal de Salvador, a primeira edição do prêmio, que homenageou com medalha de honra ao mérito 140 policiais militares da Bahia.

A premiação é uma iniciativa do projeto social ‘1+1 é Sempre Mais Que 2’, coordenado pela ativista social Barbara Trindade. De acordo com ela, o reconhecimento das mulheres homenageadas vai muito além do trabalho que realizam na Polícia Militar da Bahia (PM-BA), incluindo também suas contribuições com o trabalho social.  “É um reconhecimento pelo trabalho que todas elas desenvolvem, não só na segurança pública do Estado, que é um dever de todos, mas também por serem mães, tias, avós, esposas e terem compromisso com a sociedade baiana”, destaca a coordenadora do projeto que fomenta o prêmio Elas na Sociedade.

O elenco de policiais femininas premiadas foi escolhido pelos integrantes do projeto através da seleção de mulheres que prestam serviços comunitários “não só com a bandeira, mas com a sociedade em geral, independente da classe social ou qualquer conotação”, como destaca Bárbara. As homenageadas receberam uma medalha de honra ao mérito que simboliza, através do emblema destacado nela (a silhueta de uma policial mulher), todas as que vestem a farda da corporação baiana em defesa da sociedade.  Capitã Aline Muniz, no centro da imagem, durante premiação (Marina Silva/ Correio) Uma das homenageadas foi a capitã Aline Muniz, que começou seu trabalho social quando atuava na Segunda Companhia de Polícia Militar do Barbalho, dando aulas de capoeira para crianças e adolescentes da Comunidade do Pela Porco. “Tinha uma creche em que as crianças, segundo as professoras, tinham um comportamento rebelde. Mas, depois de um ano de projeto, recebemos relatos belíssimos do quanto o comportamento delas melhorou”, relembra. 

Atuando há cinco anos como comandante da Base Comunitária de Segurança do Calabar, ela ressaltou a importância da premiação para destacar os frutos dos projetos de cidadania realizados pela Base. “Ser reconhecida pela sociedade civil é saber que a gente está no caminho certo. Saber que o trabalho realizado pela PM está sendo destacado nos enche de orgulho, e ao lado de tantas mulheres que, cada uma com seu jeitinho, contribui para isso”, salienta.

Outra homenageada foi a cabo Adjaneara Costa, responsável pela MiliEco, uma iniciativa de mulheres da Polícia Militar da Bahia que reaproveita os uniformes usados de policiais para confeccionar bonecas e bonecos com o fardamento da PM-BA. Os produtos são doados, mas também vendidos, para gerar renda para as costureiras que integram o projeto.

Na premiação, Adjaneara fez questão de destacar o valor da homenagem.“Para mim, a importância do prêmio é grande, por vir de uma sociedade civil organizada, reconhecendo a importância do papel da mulher nas corporações militares. Isso é necessário que aconteça e eu me sinto muito honrada pelo reconhecimento, é estimulante demais”, diz. 

Ao todo, o prêmio homenageou 140 policiais militares mulheres. A cerimônia contou com a presença das madrinhas, a desembargadora Nágila Brito, a coordenadora da defensoria pública Especializada Criminal e de Execução Penal Fabíola Pacheco, a secretária da Fazenda Giovanna Victer, e a diretora do conjunto penal feminino Karina Moitinho.

Também estiveram presentes a secretária municipal de Desenvolvimento Econômico Emprego e Renda (Sendec), Mila Paes Scarton, a secretária municipal de Política para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ) Fernanda Lordêlo, a empresária Kátia Bacelar, a capitã do Departamento de Polícia Comunitária e Direitos Humanos Maria Oliveira, e a comandante da 40ª CIPM Nordeste de Amaralina capitã major Cidreira. Além disso, foram padrinhos do prêmio o coordenador da defensoria pública Especializada Criminal e de Execução Penal, Pedro Paulo Casali, e o empresário Joceval Rodrigues. 

*Com supervisão da subchefe de reportagem Monique Lôbo