Projeto leva peça em libras para escola pública de Salvador

Ação é em homenagem ao mês das crianças e tem objetivo de despertar interesse para aprendizado da Língua Brasileira de Sinais

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  • Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2021 às 07:15

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação

Personagem que se comunica pela Língua Brasileira de Sinais (Libras), Aquarela vai passar no Colégio Municipal de Educação Infantil Paulo Bispo Braz, em Nova Brasília de Valéria, para levar um dia diferente para as 100 crianças, com idades de 2 a 6 anos, que estudam no Cmei e familiarizar os pequenos com aquela que é a outra língua oficial do Brasil, além do português.

Aquarela é um personagem que realiza brincadeiras utilizando da Língua Brasileira de Sinais- Libras, como a amarelinha e o Bailinho com as Mãos, semeando nas crianças ouvintes a inclusão desde a primeira infância. Ela é interpretada pela intérprete de Libras e CEO da Libras Mais, Eurides Nascimento, que trabalha com brinquedos pedagógicos desde 2017 e já levou a ação para diversas instituições públicas de Salvador e do interior do Estado. A peça acontece na próxima quinta (21), pela manhã.

Segundo Eurides, a ideia da peça é despertar na criança o aprendizado da uma nova linguagem e oferecer um crescimento distante de preconceitos com pessoas que possuem deficiência auditiva.

"A criança, ao socializar com o surdo infante experimenta a empatia, gentileza e compaixão, para além de desenvolver as capacidades de atenção, concentração e expressão corporal, as habilidades sócio-afetivas e relacional. Acessibilidade é bom para todo mundo, crianças surdas, crianças ouvintes e toda a sociedade em geral", afirmou.

A empresária e educadora explica que a metodologia de ensino de uma segunda língua precisa ser lúdica para facilitar o aprendizado e despertar o interesse, principalmente em crianças. Aquarela foi uma ideia que nasceu dessa premissa. "Quando usamos jogos, brincadeiras, desenhos, a chance de atingir mais educandos com estilos de aprendizagens diversas é maior, significa dizer, que aprendemos de forma diferenciada, alguns dançando, desenhando, repetindo", explicou.

Desde 2017, Aquarela já passou por outras três escolas municipais, em diversos bairros de Salvador, como Fazenda Coutos, Pau da Lima e Rio Vermelho. Também houve ações na Biblioteca Denise Rocha, na Liberdade e no Hospital Ana Nery.