Qual o tamanho da missão do Vitória?

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  • Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Para que o Vitória escape do rebaixamento, a conta é a seguinte: a equipe precisa vencer a metade dos jogos até o final da Série B. Caso some 12 dos 24 pontos em disputa, o Leão chegará a 45 pontos. De acordo com o departamento de matemática da Universidade Federal de Minas Gerais, o clube que alcançar essa pontuação terá apenas 1,9% de risco de cair. Qual o grau de dificuldade dessa missão?

Não é fácil. A essa altura da competição, em uma Série B tão equilibrada, toda equipe briga por um objetivo, o que eleva o nível de competitividade dos jogos. O rubro-negro pode se apegar aos compromissos que tem em casa. São quatro, e se vencê-los todos, alcançaria o chamado “número mágico”. O problema é que entre os adversários estão Coritiba e CRB, clubes que brigam pelo acesso.

O Vitória pode se apegar ao desempenho do primeiro turno contra os últimos adversários da tabela. Foram 13 pontos somados diante de Ponte Preta, Paraná, CRB, Figueirense, América-MG, Operário-PR e Coritiba – a única derrota foi para o Brasil de Pelotas. O problema é que o momento é outro, as circunstâncias são diferentes, e algumas equipes subiram de produção, caso do América-MG, que hoje briga duramente por uma vaga no G4. 

Depois de apresentar as pedras no caminho rubro-negro, uma palavra de conforto: calma lá, torcedor, a tarefa está longe de ser improvável. O elemento a que o Vitória pode se apegar, de fato, é o desempenho da equipe na era Geninho. A derrota em casa para o Londrina foi dolorosa, é verdade, mas o time mostrou evolução nos jogos anteriores. Os triunfos contra Oeste e Cuiabá causaram boa impressão, e o empate diante do Sport, apesar de frustrante, também.

Com sua larga experiência no futebol, Geninho simplificou. Observou as características do elenco e organizou a equipe para jogar em busca dos resultados. Jogar bem é consequência, nunca objetivo. O time, organizado a partir do tradicional 4-2-3-1, procura construir seus ataques de forma rápida, com os dois volantes e Felipe Gedoz buscando os atacantes assim que pegam bola.

Muitas vezes, a equipe abdica da construção pelo chão, através da troca de passes, a exemplo do primeiro tempo diante do Londrina. A bola partia direto dos defensores, pelo alto, para que Jordy Caicedo usasse a força física para brigar com os zagueiros adversários, levar vantagem e sair em velocidade. Não funcionou, mas mostra que Geninho está atento às características do elenco. Além de ter problema para controlar a partida trocando passes, o Vitória não pode contar com o equatoriano para fazer o papel de pivô, muito menos para trocar passes curtos e rápidos, afinal ele não tem refino técnico para isso.

Nessa reta final de campeonato, Geninho sabe que, tanto quanto preparar o time para duelar dentro de campo, ele precisa passar confiança para os atletas. O elenco precisa assimilar a derrota para o Londrina, lamber as feridas e acreditar que pode sair de Campinas com um triunfo sobre a Ponte Preta. A partir de agora, cada resultado mexe não só com a posição do time na tabela, mas também com o emocional do grupo.

Rafael Santana é repórter do globoesporte.com.