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Paula Theotonio
Publicado em 10 de janeiro de 2019 às 10:03
- Atualizado há um ano
Você abriu uma garrafa de vinho e, seja por falta de companhia ou por comedimento, não bebeu tudo. Levou o rótulo à geladeira e só lembrou vários dias depois. Antes de lamentar a perda e jogar tudo fora, questionou se a bebida ainda poderia ser saboreada ou se, dali em diante, com sorte, só serviria para marinar uma carne ou fazer vinagre.
Já passou por esta situação, não é mesmo?
Assim que abrimos a garrafa e o líquido entra em contato com o ar, já começam as transformações em sua qualidade. E isso acontece devido à oxidação.
Aqui em casa, onde o vinho do dia-a-dia não costuma durar mais que 24h, simplesmente fechamos a garrafa com sua própria rolha e a guardamos na geladeira. Se o seu paladar for um pouco mais sensível, já dá para sentir a bebida bem diferente, um pouco “passada”, com aromas bem menos pronunciados.
Passando desse tempo e armazenando o vinho desta maneira, melhor pensar em uma técnica mais eficiente.
Em conversa com especialistas, todos indicaram que o ideal seria que todos os bons bebedores tivessem uma bomba a vácuo para retirar o ar da garrafa e lacrá-la temporariamente; eliminando, assim, o vetor de oxidação.
“Retirando o oxigênio e selando a garrafa a cada vez que sirvo uma rodada de taças, consigo manter um vinho branco e jovem quase perfeito por um dia. Um tinto mais potente e estruturado como um Barolo, por exemplo, consegue durar uma semana, mas não é a regra. Eu diria que a validade, após aberta a garrafa. vai depender da estrutura dessa bebida”, contou a sommelière Juliana Britto.
Uma das bombas a vácuo mais referendadas é da marca Vacu Vin, que custa, em média, R$ 70.
No caso dos espumantes, é melhor adquirir uma tampa específica que conserva o gás carbônico, mantendo a qualidade do borbulhante por até três dias e permitindo deitar a garrafa na geladeira. Garrafas mais cheias aguentam mais tempo e quanto mais vezes ela for aberta, menos perlage a bebida terá. Há aparelhos de diversas marcas, custando, em média, R$ 30.
Os bebedores mais tecnológicos, ou que investem em rótulos mais caros, certamente se beneficiariam de gadgets que usam gás argônio. Trata-se de um composto inerte, duas vezes mais denso que o ar, que em contato com o vinho acaba por protegê-lo da oxidação sem alterações em sabores, corpo ou aroma.
Um deles é o Coravin, com o qual você nem chega a abrir o rótulo. A tecnologia insere uma agulha através da rolha e, ao mesmo tempo, retira o líquido e injeta gás argônio na garrafa. Depois de usar o sistema, é só retirar a agulha da rolha, que naturalmente se acomoda. Segundo reviews espalhadas pela web, o vinho segue saboroso por meses. O aparelho custa a partir de R$ 2,690 no site oficial da importadora e eu ainda não testei.
No Brasil, temos o WineSave. Trata-se de spray de gás argônio que, neste caso, é inserido na garrafa já aberta através de uma mangueira. Denso, o gás desce até a superfície do líquido e expulsa o oxigênio, evitando a oxidação. Depois da aplicação rápida, de apenas um segundo, é só fechar a garrafa com a rolha novamente. O aparelho custa RS 150 e dura 100 aplicações. As opiniões dos usuários na web são ótimas, mas também não o avaliei.
Em resumo:
Brancos e rosés jovens e leves duram 24h na geladeira, quando bem lacrados ou fechados a vácuo;
Espumantes duram até 3 dias quando bem armazenados na geladeira.
Tintos jovens, de dois a três dias nas mesmas condições acima.
Tintos estruturados, até uma semana.