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Québec, no Canadá, proíbe maconha e álcool para não vacinados

Busca por vacina cresceu; não vacinados terão que pagar imposto sanitário

  • D
  • Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2022 às 14:22

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Arquivo AFP

A província de Québec, segunda mais populosa do Canadá, teve um aumento de 300% na busca por vacinadas contra a covid-19 depois de uma determinação de que só imunizados podem comprar bebidas com álcool ou maconha, que é legalizada para uso recreativo no país desde 2018.

Essa restrição foi anunciada na semana passada pelas autoridades de saúde do local, e vai começar a valer na terça (18). Desde o anúncio, o número de agendamentos diários para receber a vacina cresceu de 1,5 mil para 6 mil. 

Segundo Christian Dubé, ministro da Saúde local, a ideia não é irritar os não vacinados, mas sim reduzir contato deles com a população que está imunizada, proteger o sistema de saúde e os não vacinados um do outro. Este é um primeiro passo que estamos dando. Se os não vacinados não estiverem satisfeitos, há uma solução muito simples: vão tomar a sua primeira dose, é fácil e de graça", disse Dubé. "Se você não quer se vacinar, não saia de casa", acrescenta.

A província está paralisada pela propagação da variante ômicron. Por conta disso, também vai criar nas próximas semanas um novo imposto sanitário para quem não está vacinado contra a covid-19. "Estamos trabalhando em uma contribuição de saúde para todos os adultos que se recusam a ser vacinados, pois eles representam um fardo financeiro para todos os cidadãos da província", disse o governador de Quebec, François Legault.

Para ele, os 10% dos habitantes da província que ainda não receberam uma dose do imunizante não devem prejudicar os 90% que já se vacinaram. "Não cabe a todos os quebequenses pagar por isso", afirmou, durante uma entrevista coletiva. Ele especificou que o governo da província quer que o imposto represente uma "quantidade significativa". "Sinto certo descontentamento com a minoria não vacinada que, considerando tudo, obstrui nossos hospitais."

O governador de Quebec explicou que esses 10% de adultos não vacinados representam 50% das pessoas em unidades de terapia intensiva, situação que descreveu como "chocante". Ele explicou que a proposta, cujos detalhes ainda estão sendo finalizados, não se aplicaria àqueles que não podem ser vacinados por razões médicas.

Em uma tentativa de conter a nova onda, Quebec anunciou em 30 de dezembro o retorno de algumas restrições, incluindo um toque de recolher às 22h e a proibição de reuniões privadas. No total, 2 742 pessoas com covid estão internadas e cerca de 255 pessoas estão em UTIs em Quebec, que tem cerca de 8 milhões de habitantes.

As hospitalizações também continuam a aumentar na província vizinha de Ontário, a mais populosa do Canadá, com 3.220 pessoas internadas e 477 em terapia intensiva.

Os governos em todo o mundo impuseram restrições de movimento aos não vacinados, mas um imposto abrangente sobre todos os adultos não vacinados pode ser uma medida rara e controversa.

Embora esse imposto possa ser justificado no contexto de uma emergência de saúde, disse Carolyn Ells, professora de medicina e ciências da saúde da Universidade McGill, se sobreviverá a uma contestação judicial dependerá dos detalhes. (Com agências internacionais).