Ramon reprova protesto da torcida no aeroporto: 'Momento de unirmos forças'

Grupo cercou jogadores do Vitória na quinta-feira (15) antes de embarque para Porto Alegre; Leão enfrenta Brasil de Pelotas no sábado (17)

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  • Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2021 às 15:44

- Atualizado há um ano

. Crédito: Pietro Carpi/EC Vitória

Em má fase na Série B, o Vitória passou por um momento conturbado também fora de campo. Na quinta-feira (15), a delegação rubro-negra foi cercada por um protesto de torcedores no aeroporto de Salvador, pouco antes do embarque para Porto Alegre. Nesta sexta-feira (16), em entrevista coletiva, o técnico Ramon Menezes reprovou a manifestação.

Para o treinador, não é dessa forma que o time sairá da situação complicada em que se encontra. O Vitória acumula seis jogos sem vencer e está na zona de rebaixamento, na 17ª colocação, com nove pontos."A gente tem que tomar um cuidado muito grande em relação a tudo isso, até mesmo o que acontece no futebol brasileiro, porque vai chegar um ponto que pode acontecer uma coisa muito mais grave. Eu acho que a manifestação é válida quando tem o jogo no estádio; o torcedor tem todo o direito de cobrar e pressionar. Agora, uma manifestação como aquela, você agredir com palavras - e qualquer tipo de agressão, eu sou completamente contra", disse."O torcedor do Vitória sabe do carinho, respeito e admiração que tenho por ele e por esse clube. Todos nós somos funcionários do clube e estamos trabalhando para melhorar. A gente sabe do momento que o clube se encontra, do momento que nos encontramos na competição. Eu tenho um mês no comando da equipe. Estou sentindo que, mesmo sem os resultados, estamos evoluindo em campo", completou.

Ramon pregou união neste momento delicado, e falou em “esquecer qualquer lado político”. Presidente do Vitória, Paulo Carneiro foi um dos principais alvos do protesto."É o momento de unirmos forças, esquecer qualquer lado político, porque o mais importante é o Vitória. Estou aqui de corpo e alma, me entregando 24h por dia. Quando cheguei aqui e vencemos logo a primeira partida contra o Inter, criou-se uma expectativa muito grande. Mas, naquele momento, eu já disse no vestiário que tinha sido bacana, mas em um grupo jovem como o nosso, pode haver qualquer tipo de oscilação dentro das competições. Temos que estar preparados para isso", afirmou.O Vitória volta a entrar em campo neste sábado (17), às 11h, quando enfrenta o Brasil de Pelotas, no estádio Bento Freitas. Assim como o Leão, o Xavante também luta contra o rebaixamento: está na 19ª posição, com oito pontos. Ramon espera que o protesto não afete de forma negativa os jogadores.

"Primeiro é passar tranquilidade para os atletas. Como eu falei, a manifestação é no estádio. É depois do jogo. Porque ali, naquele momento, acaba havendo agressão, agressão verbal, você acaba empurrando o jogador, como aconteceu. Eu tive a preocupação de, como líder, descer para conversar. Agora, é passar confiança. A gente tem um jogo importantíssimo pela frente. Temos jogadores jovens e precisamos ter um certo cuidado. Está difícil trazer jogador. Os jogadores que estão aqui são muito importantes, estão vestindo a camisa do Vitória, são promissores, temos jogadores da base e que já jogam aqui há muito tempo. Tem que haver esse cuidado", comentou.

Confira outros trechos da entrevista de Ramon Menezes:

Como converter evolução em vitórias? Você já vê que, nesse jogo contra o Sampaio, nós conseguimos definir melhor a jogadas, fizemos dois gols. Mas, por outro lado, nós tomamos dois. Futebol são os detalhes. Esse time está amadurecendo. E eu vejo que estamos muito próximos de uma arrancada. Muito próximos da vitória.

Van Van faz parte do grupo. Quando eu cheguei, Van estava para ser emprestado. Ele continua treinando. Temos o Raul, Cedric e Gabriel na posição. Se ele continuar treinando com a gente, ele é um jogador que tem condição de ser aproveitado.