Rápidas anotações do ano que chega

Linha Fina Lorem ipsum dolor sit amet consectetur adipisicing elit. Dolorum ipsa voluptatum enim voluptatem dignissimos.

  • D
  • Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2018 às 05:10

- Atualizado há um ano

. Crédito: .

O mundo de olho No dia 9 de fevereiro, começa o primeiro grande evento esportivo do ano, os Jogos Olímpicos de Inverno. A disputa será na cidade sul-coreana de PyeongChang, a coisa de 80 quilômetros da fronteira com a Coreia do Norte, país governado pelo caricato Kim Jong-um, um mucho loco que tem fetiche por mísseis nucleares.

Essa semana, ele até aceitou ter uma conversa amistosa pra ver se manda alguns atletas para a disputa no território vizinho. Seria bom que fossem, pois a presença de seus compatriotas pode acalmar um eventual desejo de Kimzinho de apertar qualquer botão durante os jogos.

Do ponto de vista geopolítico, esses jogos serão simbólicos. A Coreia do Sul, país-sede, esteve sempre ao lado dos Estados Unidos, cujo presidente atual, Donald Trump, é tão descompensado quanto o da Coreia do Norte, que, por sua vez, tem na Rússia sua aliada histórica. Acontece que os atletas russos foram banidos da Olimpíada de Inverno por causa do doping, o que abre uma brecha para os americanos varrerem boa parte das medalhas e Trump arrotar, literalmente, na nuca do inimigo.

A disputa vai muito além do gelo.    O mundo para  A exclusão da Rússia dos Jogos de Inverno não é um fato qualquer, pois se trata de uma potência esportiva, especialmente nas modalidades no gelo. Vale lembrar que a edição anterior do evento foi realizada em Sochi, na Rússia, já como parte da estratégia para recolocar o país na vitrine global.

O auge dessa estratégia chegará em junho, com a Copa do Mundo de futebol. Pra lá, são os americanos que não vão, o que deve deixar muito russo satisfeito.

A audiência do torneio deve cair um pouco nos Estados Unidos, mas a atenção será a mesma de sempre ao redor do globo: bilhões de pessoas vidradas no mesmo jogo, nas estrelas mundiais, nas surpresas e reviravoltas. Em todo lugar, boa parte da vida para um pouco.

A disputa vai muito além do campo.

Mundo com limites  Quem também dificilmente vai à Rússia é Marco Polo Del Nero, pois os americanos estão doidos para lhe jogar no xadrez. Aliás, como passei o final do ano meio desconectado, alguém me diga aí: Del Nero ainda preside a CBF? E neste novo ano, Ednaldo Rodrigues, presidente da Federação Bahiana de Futebol (FBF), ainda apoia o grande aliado?

A vergonha vai muito além dos gabinetes.

Nosso mundo  Os elencos de Bahia e Vitória já estão reunidos e treinando para a temporada que vai começar. Peças importantes de 2017 ficaram nas duas equipes, mas é nítido que o tricolor saiu na frente na reposição de quem foi embora.

Mas, a bem da verdade, os rubro-negros nem podem reclamar muito da cautela na montagem do elenco, pois todo mundo testemunhou a merda que foi o açodamento do ano passado.

De volta, Guto Ferreira vai tentar fazer o Bahia jogar como jogou sob seu comando no início de 2017. Mancini também tem um desafio: fazer o Vitória jogar no Barradão.

Pelo menos no nosso mundo, essa disputa vai muito além de qualquer outra.

Victor Uchôa é jornalista e escreve aos sábados