Região da Itália oferece R$ 3 mil mensais a quem for morar lá

Contrapartida é abrir um negócio no local

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  • Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2019 às 12:53

- Atualizado há um ano

Algumas regiões da Itália estão sofrendo com o problema do abandono populacional. Dentre elas está a de Molise, no sul do país, que para contornar a situação está oferecendo 700 euros mensais (cerca de R$ 3,1 mil) para quem se mudar para alguma de suas pequenas cidades.

Entretanto, não é só se mudar para lá. A contrapartida é abrir um negócio no local - uma padaria, restaurante, mercado. "É uma forma de soprar vida nas nossas cidades enquanto também aumentamos a população", disse Donato Toma, presidente da região de Molise, ao jornal inglês The Guardian. 

O plano atenderá a cidades da região com menos de 2 mil habitantes. Os municípios também receberão dinheiro para melhorar sua infraestrutura e realizar atividades culturais. Molise tem, ao todo, cerca de 305 mil moradores - população aproximada de Vitória da Conquista, por exemplo.

A região perdeu 9 mil moradores desde 2014. Ao norte de Nápoles, Molise tem área de 4.438 quilômetros quadrados, número menor que a do Distrito Federal do Brasil (5.802 km quadrados). O edital com as regras para pleitear o benefício ainda será divulgado. Não foi informado se pessoas de outras nacionalidades, como brasileiros, poderão se candidatar. 

A Itália tem atualmente menos de 55 milhões de habitantes, número mais baixo em 90 anos. A população encolhe porque nascem poucos bebês no país e muitos jovens vão para o exterior em busca de salários melhores.

Para atrair moradores, algumas cidades, como Sambuca, passaram a revender casas abandonadas por valores simbólicos, como 1 euro (R$ 4,47), para quem quiser ir morar nelas. Outras liberaram alguns desses imóveis para abrigar imigrantes vindos da África. "Nós focamos em muitos molisenses que vivem fora da região e pretendem retornar à sua terra e também em não molisenses que desejam desfrutar da tranquilidade e da saúde do nosso território", disse Antonio Tedeschi, conselheiro da região, em uma rede social.