Região Metropolitana de Salvador registra menor prévia da inflação do país

Levantamento foi divulgado pelo IBGE nesta sexta (23)

Publicado em 23 de outubro de 2020 às 12:09

- Atualizado há um ano

. Crédito: IBGE/Divulgação

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (23) o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de outubro, que foi de 0,94%, maior resultado para o mês desde 1995. No ano, a prévia da inflação acumulou alta de 2,31% e, no período de 12 meses, atingiu 3,52%.

O índice subiu em todas as localidades pesquisadas. A região metropolitana de Salvador (RMS) foi a que apresentou variação mais baixa entre as 11 áreas pesquisadas, com apenas 0,43%, por conta da queda nos preços da gasolina (-5,87%). Já a região metropolitana de Fortaleza liderou, com 1,35% - o crescimento foi puxado pelos preços do arroz (23,02%), das carnes (4,79%) e da gasolina (2,78%). 

Segundo o IBGE, o IPCA-15 da RMS aumentou em relação ao registrado em setembro (0,18%).

O levantamento aponta ainda que os preços dos alimentos e bebidas foram os que tiverem indicador com a maior alta (2,24%) entre os grupos e o maior impacto (0,45 ponto percentual). Já a maior contribuição (0,13 p.p.) veio das carnes (4,83%), que enfrentam a quinta alta consecutiva. O índice também foi puxado pelas altas do óleo de soja (22,34%), do arroz (18,48%), do tomate (14,25%) e do leite longa vida (4,26%). Por outro lado, houve queda nos preços da cebola (-9,95%) e da batata-inglesa (-4,39%).

A segunda maior variação em outubro foi no grupo dos Transportes (1,34%), puxado pelas passagens aéreas, que subiram 39,90% e contribuíram com 0,13 p.p. no IPCA-15 do mês. Todas as áreas apresentaram alta, variando desde os 21,66% de Porto Alegre até os 49,71% de Curitiba. O segundo maior impacto (0,04 p.p.) veio da gasolina (0,85%), que apresentou alta pela quarta vez consecutiva - desta vez, menos intensa que no mês anterior (3,19%).

Ainda no grupo dos Transportes, foram observadas altas nos preços do seguro voluntário de veículo (2,46%) após sete meses consecutivos de quedas. Apenas ônibus interestadual (-2,73%) e gás veicular (-1,36%) tiveram variações negativas.

Quem também apresentou alta foram os artigos de residência, que subiram 1,41%, acelerando em relação a setembro (0,79%), com altas em todos os itens, principalmente mobiliário (1,75%) e TV, som e informática (1,68%).

Após recuar 0,27% em setembro, o grupo de Vestuário também teve alta. O registro foi de 0,84%, puxado por roupas masculinas (1,31%) e infantis (1,07%) - por outro lado, os preços de roupas femininas caíram 0,10%. Outro segmento em alta são as joias e bijuterias, que subiram 1,73%, acumulando alta no ano de 10,68%.

Em Habitação (0,40%), o maior impacto foi de 0,02 pontos percentuais, puxados pela alta do gás de botijão, de 2,07%. Já o gás encanado recuou 0,17%; taxa de água e esgoto subiu 0,16%, e energia elétrica subiu 0,11%.