Renato Biava: segurança no trânsito é da nossa conta

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  • Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2017 às 04:35

- Atualizado há um ano

Os acidentes viários são hoje a segunda maior causa de morte externa (não associada a problemas de saúde) no país, perdendo apenas para os homicídios. Nos últimos 12  anos, foram mais de 477 mil pessoas mortas e mais de 1,7 milhão feridas nas ruas, avenidas e estradas brasileiras. Para a Organização das Nações Unidas (ONU), que definiu o período entre 2011 e 2020 como a Década da Ação pela Segurança Viária, as mortes no trânsito são uma epidemia mundial.A terceira edição do relatório Retrato da Segurança Viária, desenvolvido pela Ambev em parceria com a consultoria Falconi e o Centro de Liderança Pública, mostra que cerca de 81% dos óbitos por acidentes de trânsito estão concentrados em 13 estados brasileiros. Outro recorte apresenta os motociclistas como principal grupo de risco. De 2003 a 2014, o índice de óbitos envolvendo esse grupo subiu 18%.Ainda segundo o estudo, o Brasil vivencia um aumento recente de 3,2% no número total de mortes no trânsito: em 2014, 44.471 pessoas perderam suas vidas em acidentes viários, enquanto o número de feridos cresceu 5,9% em relação a 2013, chegando a mais de 203 mil.Nesse preocupante cenário, apenas um trabalho integrado, entre poder público, setor privado e sociedade civil, pode resultar em uma mudança efetiva. Para além de vias mais seguras, é necessário aprimorar a gestão do trânsito, assim como mudar o comportamento de todos os seus agentes: motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres.E nós na Ambev entendemos ser necessário atuar como parte da solução desse problema, tendo em vista que o consumo indevido de nossas bebidas alcoólicas, ou seja, aquele associado à direção, aumenta o risco de acidentes. Com o intuito de reduzi-los de forma mais eficiente e precisa, criamos uma iniciativa de compartilhamento do nosso modelo de gestão.Em São Paulo, lideramos a criação de uma coalizão com agentes privados, que, ao lado do poder público e do terceiro setor, tem aprimorado a gestão da segurança viária em cidades piloto no estado. Dois anos se passaram e os frutos começam a aparecer. Por trás do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito e sob a liderança do governo do estado de São Paulo, são nove secretarias e mais de 20 empresas e entidades civis concentradas em frear essa epidemia e reduzir em 50% o total de vítimas fatais no trânsito até 2020.A principal conquista do movimento até o momento foi o Infosiga SP – Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo: trata-se de um relatório inédito que disponibiliza mensalmente dados precisos de acidentes com vítimas em todo o estado. Com informações atualizadas, os gestores podem antecipar decisões como reposicionar blitze ou pavimentar determinada via e criar planos específicos, para, de forma ágil, reduzir os índices.Nas 15 cidades hoje prioritárias para o movimento, o número de mortes em acidentes de trânsito já caiu aproximadamente 13% de janeiro a novembro deste ano em relação ao mesmo período de 2015. Agora, a ideia do trabalho em rede também caminha para o Distrito Federal – que lançou, em agosto, o programa Brasília Vida Segura.Nosso empenho para garantir que o consumo das nossas cervejas esteja relacionado apenas a momentos de celebração é contínuo. Assim como entendemos que deve ser a luta por um trânsito mais seguro. O país ainda precisa superar muitos obstáculos para conseguir diminuir os acidentes nas ruas e estradas, mas acreditamos que, juntos, podemos e vamos alcançar essa meta.* Renato Biava é diretor de relações corporativas, sustentabilidade e comunicação da Ambev