Risco da variante delta motivou adiamento do evento-teste, diz Bruno Reis

Transmissão comunitária em outros estados acendeu alerta

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  • Marcela Vilar

Publicado em 21 de julho de 2021 às 10:25

- Atualizado há um ano

. Crédito: Marcela Villar/CORREIO

O risco de transmissão da variante delta do coronavírus foi o principal motivo do adiamento do evento-teste em Salvador, que estava previsto para ser realizado neste mês de julho. Agora, a prefeitura prevê que o evento seja realizado no próximo mês, mas não divulgou data ainda.  

"Diante do que estamos vendo acontecer no mundo, na Holanda, e outros países, e da transmissão comunitária em São Paulo e Rio de Janeiro da variante delta, todos os técnicos que nos acompanham pediram que nós aguardássemos mais um pouco para realizar o evento", explica o prefeito Bruno Reis, na manhã desta quarta-feira (21), durante o lançamento dos projetos AfroBiz Salvador e AfroEstima Salvador. 

"Se não houver risco da variante delta, nós vamos sim realizar esse evento em Salvador. Não quero fixar data, mas deve ser agora em agosto, com todos os cuidados", completou. O único detalhe que falta para a divulgação da data é a finalização do parecer técnico das autoridades de saúde. Ainda não se sabe quais artistas estarão na grade da programação. 

"Falta ainda os técnicos sanitaristas concluírem os pareceres finais, para gente poder anunciar a realização do evento. Também estamos aguardando a questão da chegada da variante delta, se ela vai chegar, em que proporção ela vai chegar, e se as vacinas que nós temos disponíveis tem a capacidade de proteger as pessoas, para que elas não possam vir a ser contaminadas", detalha o prefeito.  

Reis explicou ainda que, caso a variante chegue à capital, terá que retroceder nas medidas de flexibilização, mas espera que isso não seja necessário. "Caso essa variante chegue na nossa cidade, nós teremos que adotar novas medidas de isolamento social. Não quero reabrir leitos de UTI, mas, efetivamente, não podemos descartar porque é um cenário que está acontecendo em outros lugares", pontua. Cerca de 80 leitos de UTI já foram desativados desde junho em Salvador.  

Esse evento-teste tem por objetivo das as rédeas de quais protocolos sanitários deverão ser adotados nas festas da capital baiana daqui para frente. "É um evento para definição dos protocolos de como serão as festas e os shows em Salvador. A gente precisa ver qual vai ser o formato que se sustente que tenha condições de quem realiza o evento possa empreender, e a nossa preocupação é com toda cadeia que envolve os eventos. Tem gente que está a 1 ano e meio sem receber 1 real de renda", disse o prefeito.  

Ele explica que a realização foi uma ideia de cinco entidades do setor de eventos, que procurou a prefeitura com a proposta. Essas associações também serão os convidados da festa, que terá 500 pessoas no total. Todos os participantes já devem ter tomado a primeira dose da vacina contra a covid-19 há pelo menos 20 dias e realizar um teste RT-PCR até 24h antes do evento.  

As entidades que participação são: a Associação Brasileira dos Produtores de Eventos (Abrape), Associação do Coletivo de Entidades de Matriz Africana (Acema), Associação dos Profissionais de Eventos (APE), a Associação Baiana dos Produtores de Eventos (Abape) e o Grupo Bahia. Após a festa, um laboratório vai monitorar todos os convidados para avaliar se haverá infectados pelo novo coronavírus. 

Os espaços serão separados com sinalizadores, reservados para grupos de quatro pessoas. O consumo de bebidas e a ida ao banheiro será feito por aplicativo, para evitar aglomerações. 

*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro