“Rodízio” de vinhos será realizado em Salvador

Evento acontece nesta quinta (30), conduzido pela especialista Letícia Spanholo na Importadora e Distribuidora Araújo Mateus, no Comércio

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  • Paula Theotonio

Publicado em 30 de janeiro de 2020 às 10:28

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Vinhos sugeridos para o rodízio  de Letícia Spanholo (foto/divulgação) O conceito de “rodízio de vinhos”, que em 2019 se consolidou nas capitais do Sudeste, chegou em Salvador aos cuidados de uma sommelière baiana. Nesta quinta-feira (30), a especialista Letícia Spanholo guiará na Sala de Vinhos da Importadora e Distribuidora Araújo Mateus, no Comércio, uma degustação livre de 10 rótulos nacionais e importados. O evento tem início às 18h30 e segue até às 20h30. 

Ao longo dessas duas horas, o público poderá provar espumantes, brancos, rosés, tintos e um Porto à vontade por R$ 100 — o preço de uma boa garrafa. A seleção traz desde o saboroso Luiz Argenta Jovem Brut, borbulhante brasileiro e facilmente encontrado nas lojas do país; aos diferentões de Israel e Eslovênia. Sem dúvidas, uma excelente maneira de provar novidades e aumentar a “litragem” de quem gosta da bebida, mas sente dificuldades na hora da compra. 

“Muitas vezes as pessoas adquirem um vinho no mercado e ao chegarem em casa, se decepcionam. A proposta do rodízio é fazer com que elas conheçam mais a bebida, normalmente envolta tem tantos rituais”, conta Letícia, que é formada pela Associação Brasileira de Sommeliers (ABS-SP) e proprietária da Wine Spanholo, localizada na Mooca, em São Paulo. 

Em sua loja, fundada em 2014, o “open bar” enológico faz sucesso. “Em SP começamos na quinta, hoje já fazemos quatro dias e ainda temos listas de espera. É uma experiência única. Os baianos vão adorar, tenho certeza!”, aposta. Os ingressos, limitados, estão à venda no local do evento.

Vinho à vontade

Apesar do pioneirismo de Letícia na Bahia, a ideia de rodízio não é nova no Brasil. Em São Paulo, o Bocca Nera Bar faz sucesso com a proposta; servindo 15 vinhos por R$ 79,90, de terça a quinta; e R$ 89,90 às sextas e sábados. Em Belo Horizonte, há pelo menos 10 espaços que servem vinho à vontade por um preço fixo.  A especialista em vinhos Letícia Spanholo (foto/divulgação) E quando se diz “à vontade”, é bom que se entenda a expressão nos dois sentidos. Em comum a esses espaços está o clima de maior descontração e foco no público jovem, que não costuma levar a bebida tão a sério. E caso leve, talvez não esteja interessado em uma aula enquanto bebe numa sexta à noite; ou sequer em prestar tamanha atenção aos aromas ou sensações que a bebida traz aos sentidos. 

Um movimento muito bem-vindo, que vai na contramão dos espaços onde a bebida pareceu muitas vezes inacessível financeira e intelectualmente falando, servida apenas para enófilos certificados em meio a rituais. “A bebida tem sido cada vez mais apreciada. Falo com propriedade, já que estou neste mercado há 13 anos. O vinho passa por um processo incrível de democratização”, assinala Letícia Spanholo.