Roger relaciona erros a estado emocional: 'Pressão influencia'

Bahia voltou a tropeçar em casa e aumentou seca na Série A do Brasileirão

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  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 17 de novembro de 2019 às 19:32

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

O momento vivido pelo Bahia no Campeonato Brasileiro tem afastado o time da disputa por uma vaga na Copa Libertadores 2020. Contra o Palmeiras, na tarde deste domingo (17), na Fonte Nova, o Esquadrão teve a chance de encerrar o jejum sem vencer na Série A ao fazer um bom primeiro tempo e largar na frente, mas cometeu muitos erros na segunda etapa e viu o Palmeiras empatar em 1x1. 

Na avaliação do técnico Roger Machado, a pressão por não conseguir os resultados positivos tem feito o Esquadrão tropeçar no momento em que mais precisa. "Não tenha dúvida de que a pressão influencia. Nós, como atletas, emocional é 50% da nossa capacidade. Se eu não tiver confiança e tranquilidade, se me sentir pressionado pela minha torcida ou pela torcida adversária, minha capacidade de tomar decisão, meus erros vão se acentuar”, comentou o treinador. “Nós somos medidos como profissionais nestes momentos, por quanto peso consigo carregar sem envergar e manter naturalidade do meu jogo. Se a gente permitir emocionalmente sair da partida por esses eventos de pressão e eles se repetirem e eu não conseguir me manter emocionalmente equilibrado, vai denotar que neste nível não estou conseguindo jogar", complementou Roger.

Ele apontou que a equipe não tem sabido se sustentar no patamar de brigar por vaga na Libertadores, algo novo na rotina do clube. A última vez que o Bahia jogou a principal competição sul-americana foi em 1989.

"Para cada nível, há espaço para aqueles profissionais. Embora dolorosos, esses momentos são importantes para a gente perceber quem consegue aguentar bem a pressão, onde há erros de passe, teve mais no segundo do que no primeiro tempo. No primeiro tempo, com a energia toda, você está mais lúcido. No segundo, ficou mais marcante, o adversário retém mais a bola. Tomada de decisão equivocada, em função do cansaço, pressão, outros resultados que não têm acontecido. Não à toa, estacionamos neste momento, que era importante, aspirávamos a coisas boas no campeonato. Vamos tirando lições e organizando e motivando jogadores para que passem por esses momentos", continuou o treinador.

Contra o Palmeiras, ele foi forçado a mexer no time, já que não contou com o zagueiro Juninho e o atacante Artur, ambos titulares, nem com o meia Guerra. Mas Roger também fez mudanças por opção ao deixar Nino Paraíba no banco e escalar João Pedro como titular na lateral direita.

Segundo o treinador, os desfalques não foram cruciais para o placar final de 1x1. "Penso que as ausências não influenciaram no resultado, porque a formação já esteve presente em campo outras vezes e nos deu abertura do placar. Primeiro tempo equilibrado, conseguimos sair na frente, tendo controle do jogo muitas vezes, não só defendendo e contra-atacando, mas organizando jogadas, atacando profundidades curtas, como planejamos a semana em função das movimentações da defesa do Palmeiras. Primeiro tempo fomos melhores. No segundo, com as trocas do Palmeiras, qualidade de quem entrou (Lucas Lima e Borja no intervalo), nos empurraram para nosso campo, a gente não conseguiu organizar algumas saídas. (...) A gente não conseguiu, em vários momentos, com erros de passe, empurrar o Palmeiras. Não vejo ausências como determinantes", opinou.

Segundo Roger, a frustração se dá não pelo empate deste domingo, mas pelos tropeços anteriores na Fonte Nova. "Jogamos com o vice-líder da competição. O que lamentamos nessa fase é não obrigatoriamente um empate com o vice, mas são os pontos que deixamos em casa contra Ceará, Chapecoense, que nos colocariam em outra condição na tabela", afirmou. 

O próximo compromisso do Bahia será no domingo (24), quando enfrentará o Goiás, às 16h, no estádio Serra Dourada, em Goiânia. O time ganhará os retornos de Juninho, Artur e Guerra, mas perderá o volante Flávio, suspenso pelo terceiro cartão amarelo.