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Da Redação
Publicado em 23 de dezembro de 2021 às 06:00
- Atualizado há 2 anos
Desde o início de 2020, a circulação de pessoas nas ruas tem se reduzido drasticamente se comparado com anos anteriores. Ainda assim, os acidentes e a criminalidade no país continuam a prejudicar com a mesma intensidade a uma população que, no entanto, tem que lidar com a crise sanitária, desemprego e até um importante incremento da fome no Brasil: de acordo com o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 (VIGISAN) desenvolvido pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, mais de 116 milhões de pessoas convivem com algum grau de insegurança alimentar e, dentre eles, 19 milhões de brasileiros passam fome.>
Existe uma relação direta entre problemas econômicos e criminalidade. Todo mundo sabe que a falta de emprego, assim como problemas para satisfazer as necessidades básicas como moradia e alimentação, acabam puxando a parte da população para posições extremas que logicamente se refletem nas estatísticas de insegurança. Estas circunstâncias também causam prejuízo até para as famílias em melhores posições sociais, pois o incremento nos crimes aumenta o risco de sofrer perdas na propriedade. É só pensar nos roubos ou furtos de carros e o quanto isso poderia afetar no orçamento de uma família trabalhadora.>
Roubo de carros não para>
Lamentavelmente o nosso país ainda não tem uma “cultura da prevenção" suficientemente difundida, mas perante situações de risco como crimes ou acidentes torna-se sempre mais conveniente cotar e contratar um seguro de automóvel com cobertura para esses sinistros, do que ter que se lamentar depois.>
Os valores informados pelas diversas Secretarias de Segurança Pública de cada estado são elevados demais, e preocupam tanto às autoridades responsáveis pela redução dos crimes quantos aos cidadãos que têm que lidar com esse perigo diariamente. Para ter uma ideia, até o mês de setembro de 2021, apenas no Estado de São Paulo 52.828 veículos foram roubados ou furtados. Como sempre, é nas cidades mais populosas que os maiores níveis de criminalidade são registrados. No Rio de Janeiro, por exemplo, a tendência de alta de roubos vem se manifestando desde abril deste ano, período no qual foram roubados 259 veículos, 14% a mais do que no mesmo mês do ano anterior. Em maio o incremento foi de 26%, e em agosto os roubos ou furtos dispararam: passaram de 1.791 casos em 2020 para 2.110 em 2021.>
A diminuição deste tipo de crimes é excepcional, mas acontece. Trata-se, por exemplo, do caso do Distrito Federal - Brasília, que tem desenvolvido um conjunto de políticas por meio do programa DF Mais Seguro. Segundo o monitoramento, o furto de veículos caiu 6,5% se comparado com 2020.>
Quais são os carros mais roubados em 2021?>
Os percentuais e registros de criminalidade são importantes, não apenas pelos organismos públicos, mas também para o setor privado. Assim, por exemplo, se uma pessoa está interessada em comprar um carro, além de levar em conta o preço dele, características de conforto e segurança, etc. também precisa considerar se o veículo escolhido é alvo frequente de roubos e furtos. Para isso, a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), órgão do Ministério da Economia, tem desenvolvido o Índice de Veículos Roubados (IVR).>
Esse índice é obtido mediante a divisão entre o número de sinistros ocorridos (roubos ou furtos) e o número de carros expostos (com cobertura de seguro) existentes na região de ocorrência dos sinistros. Para isso, a Susep utiliza as apólices vigentes e o número de sinistros de acordo com informado pelo mercado segurador no último envio semestral dos dados de seguro de automóveis. São considerados apenas os modelos com, pelo menos, cinco mil unidades com seguro no Brasil. Confira a lista:Peugeot 307: 1,488% de roubos ou furtos para 6.922 unidades com apólice. Fiat Siena: 1,336% de roubos ou furtos para 26.197 unidades com apólice. Fiat Mobi: 1,315% de roubos ou furtos para 42.050 unidades com apólice. Fiat Bravo:1,239% de roubos ou furtos para 7.907 unidades com apólice. Chevrolet Captiva:1,135% de roubos ou furtos para 10.747 unidades com apólice. Volkswagen Amarok: 1,110% de roubos ou furtos para 31.173 unidades com apólice. Fiat Palio Weekend: 1,103% de roubos ou furtos para 39.633 unidades com apólice. Fiat Linea: 1,102% de roubos ou furtos para 10.073 unidades com apólice. Mercedes-Benz Sprinter: 1,064% de roubos ou furtos para 10.242 unidades com apólice. Renault Master: 1,052% de roubos ou furtos para 9.982 unidades com apólice. É importante lembrar que, esse índice elaborado pela Susep, não reflete de maneira absoluta quais são os veículos mais roubados no país, mas sim, quais deles apresentam a maior probabilidade (percentual) de serem roubados, segundo o comparativo entre unidades seguradas do mesmo modelo e unidades roubadas dele.>
É claro que, por ser uma avaliação nacional, as estatísticas podem mudar se a análise for feita sob cada região ou estado. Em São Paulo, por exemplo, o ranking de modelos mais roubados é liderado pelo Volkswagen Gol (registrando 4.485 unidades roubadas), seguido do Fiat Uno (com 3.507 unidades) e o Chevrolet Onix (com denúncias de roubo de 3.066 unidades).>
Os roubos: refletidos no preço dos seguros>
Então, quem estiver na procura de um carro novo precisa analisar essas estatísticas, pois o valor da sua apólice irá depender disso. Acontece que as companhias seguradoras utilizam diversos aspectos na hora de estabelecer o preço de um seguro, principalmente características que fazem com que exista maior probabilidade ter que indenizar ao cliente. É por isso que, se um carro estiver no top dos modelos mais roubados, é bem provável que a cobertura dele registre incrementos nos seus valores.>
Isso mesmo está acontecendo na cidade do Rio de Janeiro. Por causa da alta de roubos e a queda na recuperação dos veículos, o Sindicato das Seguradoras RJ/ES (Sindseg) comunicou que é de se esperar ajustes nos preços dos seguros.>
Este conteúdo não reflete, nem total e nem parcialmente, a opinião do Jornal Correio e é de inteira responsabilidade do autor.>