Sabrina Fidalgo e Viviane Ferreira falam sobre potência de mulheres negras no Cinema

Dupla é a convidada do programa Conexões Negras desta sexta (5)

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  • Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2021 às 10:07

- Atualizado há um ano

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Viviane Ferreira é uma cineasta, cria da Estrada Velha do Aeroporto e que hoje integra o Comitê Brasileiro de Seleção do Oscar. Sabrina Fidalgo é uma premiada realizadora carioca que, em 2018, foi eleita em oitavo lugar pela publicação norte-americana “Bustle” como uma das 36 diretoras de todo o mundo que estão mudando paradigmas em seus respectivos países. Elas ainda são mais, muito mais. E estarão juntas no Programa Conexões Negras, que vai ao ar no Instagram do CORREIO nesta sexta (5), às 16h.

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Colunista do CORREIO, Midiã Noelle faz a apresentação do programa junto ao jornalista Jorge Gauthier, editor de ações digitais do veículo. 

"Participar dessa temporada do Conexões Negras é uma honra. Precisamos discutir as questões raciais em todos os âmbitos e olhares", disse Jorge.

Para Midiã Noelle, o bate-papo será uma oportunidade de discutir o cenário de produção cultural do Brasil e dialogar como está a cena e a influência de mulheres negras na construção de narrativas dentro do cinema.

"Será interessante para discutir como está o cenário de produção de cultura no Brasil e dialogar como está a cena da influência de mulheres negras no cinema, o aumento da participação e produções de negras nesse contexto. Elas geram impacto nas narrativas e nas formas de produzir arte através do cinema", disse Midiã.

As convidadas Sabrina Fidalgo é uma premiada realizadora carioca. Seus filmes já foram exibidos em mais de 300 festivais nacionais e internacionais em lugares como Los Angeles e Nova York (EUA), Tegucigalpa (Honduras), Cidade do México (México), Buenos Aires e Cordoba (Argentina), Tóquio (Japão), Praia (Cabo Verde), Acra (Gana), Maputo e Cabo Delgado (Moçambique), Berlim e Munique (Alemanha), entre outros.

Em março de 2018 foi eleita em oitavo lugar pela publicação norte-americana “Bustle” como uma das 36 diretoras de todo o mundo que estão mudando paradigmas em seus respectivos países. Estudou na Escola de TV e Cinema de Munique, na Alemanha, e estudou roteiro pela ABC Guionístas na Universidad de Córdoba, na Espanha. Sabrina foi eleita uma das mulheres que estão mudando paradigmas em seus países, em 2018 (Foto: Divulgação) Realizou os curtas "Sonar 2006 - Special Report" (2006), "Das Gesetz des Staerkeren" (2007), "Black Berlim" (2009), "Cinema Mudo" (2012) e "Personal Vivator” (2014) e o documentário de media-metragem “Rio Encantado" (2014), além de uma série de videoclipes. Em 2016 foi a diretora-convidada do edital Usina Criativa de Cinema promovido pelo Pólo Audiovisual da Zona da Mata de Minas Gerais e pelo Grupo Energisa e com isso realizou seu último trabalho, o media-metragem “Rainha” (2016) selecionado para a mostra "Perspectives" do IFFR - International Film Festival Rotterdam. O filme ganhou vinte prêmios entre eles o troféu de Melhor Filme pelo Juri Popular do 26º Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro - Curta Cinema.

Seu ultimo curta, "Alfazema", lançado no final de 2019, foi duplamente premiado com o troféu Candango de Melhor Direção e Melhor Trilha-Sonora no 52º Festival de Brasilia do Cinema Brasileiro.

Foi uma das cinco diretoras contempladas do edital F.A.M.A 2018 - Fundo AVON para Mulheres no Audiovisual - e com isso finalizará o seu primeiro projeto de longa-metragem, o documentário de longa-metragem sobre a historia do funk carioca, "Cidade do Funk.

Já Viviane Ferreira, é a menina dos quatros “C”: Coqueiro Grande, Ceafro, Cefet e Cipó, como se define. Mas, se ela permitir, essas palavras poderiam ter como adicionais o cinema, o carisma, a criatividade e, agora, por que não: o Comitê Brasileiro de Seleção do Oscar 2021.

Mulher, negra, nordestina e de axé, a fundadora da Odun Filmes e da Associação de Profissionais do Audiovisual Negro (Apan) foi convidada para presidir este importante espaço responsável por indicar o documentário Babenco, dirigido por Bárbara Paz, como representante brasileiro na disputa pela categoria melhor filme internacional, cuja premiação ocorrerá no dia 25 de abril. Nesta entrevista exclusiva, feita antes da indicação, ela conta os caminhos percorridos e como se enxerga “em muitos lugares” através da perspectiva Sankofa: pensando o passado, o presente e o futuro. Saiba mais sobre a ativista, advogada e cineasta de 35 anos que é a segunda mulher negra a dirigir um longa-metragem de ficção no Brasil - "Um dia com Jerusa" (2020).