Saiba como Guto conseguiu estancar sangria na defesa e deixou Bahia mais sólido

Tricolor completou o terceiro jogo seguido sem sofrer gols na Série A

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  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 19 de outubro de 2021 às 05:00

- Atualizado há 10 meses

. Crédito: Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

A reação que o Bahia busca para sair das últimas colocações do Campeonato Brasileiro está acontecendo timidamente, mas já apresenta resultados positivos. Desde que o técnico Guto Ferreira assumiu o comando da equipe, o tricolor passou a jogar de forma mais competitiva e tem conquistado pontos importantes no torneio. Um dos principais motivos para a mudança no cenário tricolor está no sistema defensivo.   

Terceiro treinador do Bahia no Brasileirão, Gordiola vem conseguindo até aqui algo que os seus antecessores não haviam realizado: estancar a sangria na defesa. No empate por 0x0 com o América-MG, na última rodada, o Esquadrão completou o terceiro jogo sem levar gols. Todos eles foram sob o comando de Guto. 

“Acho que o caminho é por aí, à medida que você não toma gol... O que me deixa mais tranquilo não é só não tomar gol. O Bahia agrediu, atacou, chegou. Teve próximo de fazer seu gol”, disse Guto Ferreira logo depois da partida em Belo Horizonte.

Ao primeiro olhar, a estatística parece simples, porém significa um passo importante para o time que ficou sem ser vazado em apenas oito dos 26 jogos que fez na Série A. Para se ter uma ideia, essa é só a primeira vez que o tricolor completa mais de dois jogos sem ter as redes estufadas pelos adversário. 

A fase ruim que o sistema defensivo viveu em boa parte do campeonato explica o motivo do Esquadrão ter a segunda pior defesa entre os 20 clubes da competição. O time levou 38 tentos em 26 jogos, uma média de 1,46 gols por rodada. Apenas a lanterna Chapecoense, que tomou 46, tem aproveitamento pior. 

O sistema defensivo vem sendo um problema para o Bahia nos últimos anos. Na temporada passada, o clube teve a terceira pior defesa do Campeonato Brasileiro. Foram 58 gols sofridos em 38 jogos. A equipe azul, vermelha e branca superou somente Goiás e Botafogo, que levaram 63 e 62, respectivamente. Os dois clubes foram rebaixados à Série B.  

Organização A solidez alcançada pelo Bahia tem como causa a mudança no estilo de jogo. Com Guto Ferreira, o tricolor passou a ser um time mais organizado taticamente.  A entrada de Matheus Bahia fortaleceu a marcação no lado esquerdo da defesa. Escalado na segunda linha, Juninho Capixaba ganhou mais liberdade para chegar ao ataque, mas ajuda a fechar os espaços quando o time está sem a bola. O atacante Raí Nascimento cumpre função semelhante do lado direito. 

A dupla de zaga formada por Luiz Otávio e Conti também cresceu de produção e vem fazendo bons jogos, assim como o goleiro Danilo Fernandes, que passou a ser titular com Guto e ganhou destaque nas últimas partidas com boas defesas. 

Já no meio-campo, o treinador priorizou a escolha por um tripé híbrido. Patrick, Daniel e Lucas Mugni conseguem atuar tanto no ataque quanto na defesa, construindo as jogadas e combatendo os adversários. 

O trio, no entanto, vai ser desfeito no próximo domingo, quando o Bahia recebe a Chapecoense, às 20h30, na Fonte Nova, pela 28ª rodada do Brasileirão. Lucas Mugni recebeu o terceiro cartão amarelo contra o América e vai desfalcar o time.