Saídas evidenciam urgência do Bahia por reforços para o ataque

Tricolor tem carência técnica e numérica no setor ofensivo

  • Foto do(a) author(a) Gabriel Rodrigues
  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 26 de março de 2021 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

Enquanto mantém o foco nas disputas das Copas do Nordeste e do Brasil, o Bahia segue no mercado em busca de reforços para o time principal. A meta inicial da diretoria tricolor era a de apresentar pelo menos cinco novas peças para repor as saídas que a equipe teve após o fim do Campeonato Brasileiro.

Seguindo o planejamento, o Esquadrão já anunciou contratações para o gol, defesa e meio-campo, mas tem um setor da equipe que ainda sofre certa carência técnica e aparece como principal foco no curto prazo, já que agora também apresenta baixo número de atletas.   

Desde a saída de Élber, no final de dezembro, reforçar o ataque passou a ser ponto importante para o Bahia. No plano de reformulação do elenco apresentado no início de março, a diretoria estabeleceu contratar um ou dois atacantes de beirada para fortalecer a equipe, mas esse número deve aumentar.

Nos últimos dias, o clube acertou o empréstimo de Marco Antônio ao Botafogo, e tem ainda a iminente transferência de Thiago para o futebol dos Estados Unidos. O prata da casa negocia com o Grupo City, o mesmo que administra o Manchester City, da Inglaterra, e, caso tenha os direitos adquiridos, deve ser repassado ao New York.

Além disso, o atacante Clayson, comprado junto ao Corinthians no ano passado, está fora dos planos e segue treinando separado do grupo enquanto busca uma nova equipe para defender. 

PELO LADO O cenário expõe a urgência do Bahia em contratar jogadores que atuem pelos lados do campo. Atualmente, o elenco conta com apenas duas peças de origem no setor. No jogo contra o CSA, por exemplo, os atacantes Alesson e Rossi foram os únicos disponíveis para o técnico Dado Cavalcanti. A dupla iniciou no banco de reservas enquanto meia-atacante Rodriguinho e Gabriel Novaes, centroavante de origem, formaram a trinca ofensiva com Gilberto.   

Por sinal, Alesson e Rossi vivem situação bem distintas no Bahia. Enquanto o camisa 7 tem status de titular e vinha de boas apresentações até a expulsão no Ba-Vi, Alesson ainda não conseguiu se firmar.

Com passagens por Paraná, Ponte Preta e Cruzeiro, o jogador de 22 anos chegou ao Esquadrão no ano passado para fazer parte da equipe sub-23. Com o fim do time de aspirantes, ele foi integrado ao grupo principal na disputa do Brasileirão. Desde então, disputou 24 jogos e marcou  três gols.

Para o duelo contra o Altos-PI, domingo, às 16h, pela Copa do Nordeste, a tendência é a de que Rossi volte a ser titular. O jogador pode entrar na vaga de Gabriel Novaes ou Rodriguinho.

EMPERRADO Diante da necessidade de contratações, o nome mais forte que surgiu para o ataque em 2021 foi o do paraguaio Óscar Ruiz, de 29 anos, que pertence ao Cerro Porteño. O Esquadrão apresentou oferta de cerca de 150 mil dólares (aproximadamente R$ 850 mil na atual cotação)  para a compra de 50% dos direitos econômicos do jogador, mas o valor foi recusado pelo Cerro no primeiro momento.

Os clubes voltaram a negociar e Ruiz tinha tudo acertado para vir ao Bahia por empréstimo. O atacante, que tem contrato até dezembro, iria ampliar o vínculo com o time de Assunção antes de ser cedido ao Esquadrão. Mas as conversas emperram outra vez e o paraguaio voltou a ficar distante do tricolor.