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Salvador quer antecipar campanha de influenza para não atrapalhar vacina da covid


 

Secretário Leo Prates criticou governo federal pelo planejamento de compra de vacinas

  • Da Redação

Publicado em 17/02/2021 às 09:24:00
Atualizado em 23/05/2023 às 07:28:04
. Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

A imunização contra influenza em Salvador pode ser antecipada e ter o calendário invertido para não chocar com a imunização contra o coronavírus. A informação foi divulgada pelo secretário municipal da Saúde (SMS), Leo Prates, nesta quarta-feira (17), durante entrevista coletiva.

"Nós fizemos um apelo ao governo federal para que houvesse a antecipação da influenza começando por 60 a 74 anos, depois de 75 ou mais. Porque a vacina do coronaviurs vem no outro sentido (dos mais velhos para os mais novos) e isso nos daria tranquilidade no controle dos prazos", explica o secretário.

O motivo é que para receber as vacinas é necessário ter um intervalo mínimo entre elas. "Estamos controlando multimarcas de vacinação, controlando multiprazos, e é bem complicado controlar os prazos de todo mundo. O governo federal precisa se atentar isso", completou Prates.

O secretário criticou o planejamento do governo federal para a compra dos imunizantes. "O governo federal errou no planejamento na compra das vacinas. Eles estavam muito bem no ano passado no envio de recursos, na compra de respiradores... Esse ano está tendo desassistência de leitose no planejamento de vacinas, eles erraram muito", alfinetou.

Prates adiantou que vai fazer um cadastro de idosos entre 60 e 74 anos a partir da semana que vem para já planejar melhor a imunização dessa faixa etária. Isso porque a prefeitura foi surpreendida com um maior número de idosos acima dos 90 anos, do que haviam cadastrados no sistema. "Queremos começar a vacinação com números reais", explicou. 

Leitos O secretário afirmou que Salvador está quase alcançando o mesmo número de leitos que tinha no auge da pandemia no ano passado, mesmo sem a abertura do hospital de campanha do Wet'n Wild. Lá, eram 70 leitos exclusivos para a covid-19.

Houve ampliação no Hospital Sagrada Família, que passou a ter 60 leitos (antes eram 20), e no Hospital Santa Clara, que já reabriu novas unidades.