Salvador vacina pessoas de 52 anos a partir desta quinta (10)

Bruno Reis anunciou também convênio com a Fieb, que vai ceder vacinadores

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  • Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2021 às 12:46

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação/Secom PMS

A prefeitura de Salvador anunciou nesta quarta-feira (9), Dia Nacional da Imunização no Brasil, a ampliação do número de vacinadores e o início amanhã da aplicação da primeira dose contra a covid-19 em pessoas a partir de 52 anos. Ainda não foi informado a data limite de nascimento para quem poderá ser vacinado, assim como os locais para imunização do novo grupo.

Bruno falou da expectativa de acelerar ainda mais o processo de vacinação no segundo semestre. “O ritmo acaba sendo ditado conforme quantidade de vacinas. Ontem (8), fechamos o dia com 42% da população alvo, de um total de 1,978 milhão acima de 18 anos – vacinada com primeira dose, ou seja, 840 mil pessoas. Nossa expectativa é passar de 50% de imunizados no mês de junho. Aproveito também para fazer um apelo para as quase 21 mil pessoas que ainda não tomaram a segunda dose que compareçam aos postos", disse o prefeito.

As declarações aconteceram durante evento para assinatura de um convênio com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), com as presenças do presidente da instituição, Ricardo Alban, e do superintendente do Serviço Social da Indústria (Sesi), Armando Neto. Também esteve no ato simbólico o titular da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Leo Prates. 

O aumento do número de vacinadores virá dessa parceria com a Fieb, que vai durar seis meses. “A Fieb vai disponibilizar 50 profissionais, sendo 30 auxiliares técnicos em enfermagem que vão atuar como vacinadores, e 30 auxiliares administrativos para trabalhar na triagem, que é a função mais difícil. Hoje, por exemplo, demandamos mais tempo na conferência e cadastramento dos dados do que na aplicação das doses. Essa cessão de pessoas se somarão à nossa equipe e vai contribuir para abrir ainda mais novos públicos e acelerar a vacinação”, explicou o prefeito. 

O presidente da Fieb diz que essa foi uma maneira encontrada para ajudar no processo de imunização na capital baiana. “Estamos entrando na prioridade da vacinação para o industriário e sabemos que todos os recursos são limitados para o processo o de vacinação, quer seja financeiro, humano ou mesmo de logística. Nada mais justo que possamos dar nossa contribuição no processo de vacinação e, como ainda não existe fornecimento elevado de doses, optamos por colaborar com maior estratégia de nosso pessoal, que já dá normalmente assistência de vacinação’, declarou Ricardo Alban. 

Balanço Atualmente, Salvador possui 1,5 mil profissionais de saúde envolvidos diariamente na vacinação. A partir da próxima segunda (14), mais 250 profissionais vão reforçar a equipe. 

“Hoje, talvez, seja o dia mais importante da história atual, porque, do nosso ponto de vista, não há nada que possa nesse momento ter mais importância que a vacinação. Estamos há 15 meses enfrentando a pandemia de covid-19 e foram muitas dificuldades. Foram tomadas tantas decisões difíceis, medidas de isolamento social que sabíamos que teriam consequências no campo econômico e vida social das pessoas. Mas o segredo está em saber equilibrar o momento de tomar as decisões, que não são fáceis, com os índices do coronavírus na cidade”, disse Bruno.

Ele destacou o fato de que mesmo em meio a muitos momentos difíceis, Salvador não viveu colapso no sistema de saúde. Mesmo assim, destacou que a vacinação é o único caminho para sair da pandemia. “No entanto, só com a vacina não poderemos precisar adotar mais medidas e a cidade voltar à sua normalidade”.

Bruno também falou do orçamento da prefeitura, depois de tanto tempo de pandemia. Segundo ele, o apoio do governo federal diminuiu esse ano, o que complica ainda mais a situação financeira.

“A situação das contas da prefeitura está muito crítica porque, no ano passado, houve apoio de recursos federais para o enfrentamento à pandemia. Em nove meses de 2020, a gestão recebeu R$534 milhões e, este ano, não recebemos nem R$20 milhões, em seis meses. E a estrutura em 2021 é maior do que a de 2020, porque ampliamos os números de leitos. Cada diária de UTI Covid custa R$2,4 mil. Ou seja, elevamos as despesas e não tivemos apoio financeiro necessário”, afirmou.