Salvador vai cada vez mais de bike

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  • Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2021 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Muita gente pensava que a topografia de Salvador, cheia de ladeiras, desestimulava o uso da bicicleta como transporte, lazer ou prática esportiva. Nos últimos tempos, no entanto, o que vemos é cada vez mais ciclistas circulando pela cidade, sejam em grupos ou isoladamente, dirigindo-se a um itinerário ou pedalando em prol da saúde. Com a pandemia, então, o ciclismo tornou-se uma alternativa saudável para evitar o sedentarismo sem aglomerações e riscos.   A adesão à bike – ou “magrela” – na proporção em que vemos hoje foi possível porque houve investimentos públicos na infraestrutura e ações de ordenamento no trânsito de nossa cidade, iniciativas que trouxeram mais segurança e criaram melhores condições de tráfego para os usuários. A rede cicloviária praticamente decuplicou-se nos últimos anos. Se, em 2012, era de apenas 38 km, hoje já se estende por mais de 300 km.   Sabemos que ainda é pouco, e que temos um longo caminho a percorrer. Pensando nisso, a Prefeitura, através da Secretaria de Mobilidade (Semob), irá licitar a elaboração de um Plano Setorial Cicloviário para Salvador. O novo plano pretende abordar, de forma ainda mais minuciosa, o que já consta no Plano de Mobilidade Urbana de Salvador (PlanMob), aprimorando ainda mais a infraestrutura para o uso da bicicleta como meio de transporte em nossa cidade, um veículo saudável às pessoas e ao meio ambiente.       A malha cicloviária precisa ser requalificada e ampliada, conectando os trechos já existentes, minimizando os problemas de descontinuidade para garantir maior segurança ao cidadão. As propostas deverão detalhar todo o processo de estruturação da rede, conectando-a ao transporte coletivo e viabilizando o uso da bicicleta como meio de transporte complementar, consolidando uma rede cicloviária articulada e que permita maior integração da bicicleta com outros modais, afinal, a topografia de Salvador ainda é um fator que limita a circulação por bikes. Também será exigida a implantação de mais bicicletários e bicicletas compartilhadas, além da intensificação de ações de educação para o cidadão.    Apesar dos esforços do poder público, a participação popular é fundamental para que o novo Plano Ciclovário se adeque às reais necessidades de quem utiliza a bicicleta como meio de transporte. Ciclistas, sejam trabalhadores, desportistas, ou mesmo usuários eventuais, terão voz especial em debates públicos, uma vez que têm maior propriedade sobre as reais necessidades para garantir uma rede eficaz e segura para os usuários.

O tempo não espera, e em tempos de sustentabilidade e cuidados com a saúde, é natural que a prática do ciclismo continue a crescer em Salvador. E obrigatório que o Poder Público esteja sempre atento a essa crescente demanda.