Seis pessoas são presas em operação que desarticula milícia no sertão baiano

A Operação Alcateia também apreendeu veículos, armas, dinheiro e munições

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  • Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2020 às 16:52

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação/PRF

Seis pessoas foram presas na Operação Alcateia, deflagrada na manhã desta quinta-feira (29), pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA). Dos mandados de prisão, cinco foram cumpridos em Paulo Afonso e um no pedágio da BR324, em Simões Filho. Um sétimo investigado deverá se apresentar à Justiça ainda nesta quinta. Foram cumpridos mandados de prisões temporárias e de busca e apreensão nos municípios de Paulo Afonso, Feira de Santana, Salvador e Petrolina, em Pernambuco. Além disso, a polícia apreendeu R$850 em dinheiro, 11 celulares, seis pistolas, um revólver, uma carabina, 245 munições, além de cinco automóveis.  A operação investiga graves delitos praticados por uma organização criminosa composta, principalmente, por policiais militares lotados no 20º Batalhão de Polícia Militar, sob o comando de um oficial de alta patente da corporação. A investigação encontrou indícios da prática de diversos crimes de homicídio, tráfico de drogas, organização criminosa, além de outros delitos típicos de atividade de milícia como tortura e extorsão. Com base nesses indícios, foram deferidos pela 1ª Vara Crime, Júri, e Execuções Penais da Comarca de Paulo Afonso os pedidos do MP de prisões temporárias de seis policiais militares, buscas e apreensões em endereços residenciais dos investigados e batalhões da Polícia Militar, além de afastamento cautelar das funções públicas de um tenente-coronel pelo período de 180 dias. O tenente-coronel também está proibido de ter acesso às dependências de todas as unidades da Polícia Militar, de se comunicar com outros membros da Corporação e de utilizar os serviços da Instituição Militar.   A ação contou com participação do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Grupo Especial para o Controle Externo da Atividade Policial (Gacep), além de promotores criminais de Paulo Afonso e da Auditoria Militar, em conjunto com a Força-Tarefa da Secretaria de Segurança Pública (SSP) de Combate a Grupos de Extermínio e Extorsões. Além disso, no apoio operacional, participaram o Gaeco do Ministério Público do Estado de Pernambuco, a Corregedoria da SSP, a Corregedoria da Polícia Militar, a Polícia Civil (COE), o Batalhão de Choque da Polícia Militar, do DPT, e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), por meio da Superintendência Regional na Bahia.