Sem folia e com poucos feriadões, este é 2022

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  • Donaldson Gomes

Publicado em 29 de janeiro de 2022 às 06:00

- Atualizado há um ano

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O atual dono de uma mansão avaliada em R$ 6 milhões, morada do cantor Bell Marques no passado, foi preso em flagrante no local por suspeita de fraudes em procurações e escrituras. A defesa do empresário diz que ele é, na verdade, vítima por Arisson Marinho

Não é só o Carnaval que vai ficar para 2023. O típico feriadão do período também subiu no telhado. Nada de ponto facultativo nos dias em que normalmente se realiza a folia, avisou o governador Rui Costa, na última  quinta-feira. Com exceção da terça-feira, que esse ano cai em 1º de março, os demais dias serão normais. 

Ele avisou que não cogita adiar o feriado, como está sendo feito em outros estados, como Rio de Janeiro e São Paulo, para evitar viagens e aglomerações. "Não tem o que adiar de feriado porque não existe.  Nós não vamos tomar nenhuma medida em relação a isso, mas teremos expediente normal no serviço público durante esse período", informou.

Ainda de acordo com Rui, quem for servidor público e não comparecer no seu posto de trabalho durante o período, vai ter o ponto cortado do pagamento. “São dias normais de trabalho. Quem não comparecer, tem que esperar seu dia cortado como qualquer outro. As aulas da rede estadual também acontecerão como dias normais”, completou.

A notícia não é ruim apenas para quem curte a festa. Aqueles que ficam contando com os feriadões para viajar, ou descansar no conforto do lar, vão ter poucas oportunidades. Dos 17 feriados nacionais e estaduais deste ano, sete caem no sábado ou domingo. Outros nove caem entre terças e quintas-feiras. E apenas um cai numa sexta-feira, a Paixão de Cristo, em 15 de abril, cuja data não pode mudar nem por decreto. 

Escalada preocupante Com 21.635 casos ativos na Bahia, segundo o boletim divulgado ontem pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), muitos profissionais estão afastados do trabalho. No setor bancário, 30% dos funcionários na Bahia ficaram sem trabalhar em janeiro por causa da covid-19, o que representa pouco mais de 5 mil pessoas. Dez agências chegaram a ser fechadas devido a surtos, sendo nove na capital e uma em Itapetinga. Só neste mês, mais de 50 bancos fecharam as portas temporariamente pelo mesmo motivo.

Entre os profissionais de saúde, a contaminação também avança. De 1º de janeiro até a última quinta-feira, 2.610 profissionais da área tiveram covid, segundo a Sesab. Os mais afetados são os auxiliares e técnicos de enfermagem, que já acumulam 15.855 infectados ao longo de 2021 e 2022. Os médicos ocupam o segundo lugar, com 4.801 contaminados na Bahia. Só anteontem, 142 trabalhadores da saúde testaram positivo para a covid-19, de acordo com a Sesab. No total, 55.303 profissionais já se infectaram com a doença.

O Hospital Aristides Maltez, em Salvador, também sente os impactos das baixas. No decorrer da semana, atendimentos da triagem, ambulatórios gerais e cirurgias eletivas chegtaram a ser suspensos após 176 funcionários da equipe médica terem resultado positivo para a doença. O número representa 10% do total. Cirurgias de urgência e emergência, Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e tratamentos de radio e quimioterapia estão mantidos.

Na área da educação, o receio é com o retorno das aulas por conta do aumento do contágio. Os representantes sindicais estimam que cerca de 10% dos profissionais estejam afastados. 

Nos shoppings da capital, a situação não é diferente. O Sindicato dos Comerciários estima que cerca de 15% da categoria esteja afastada devido à contaminação. 

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Proteção em pílula A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) autorizou na quinta-feira (27) o uso da pílula antiviral desenvolvida pela farmacêutica Pfizer contra a covid-19, no tratamento de adultos em risco de desenvolver doença grave. O aval da EMA, que surge em um momento em que o continente lida com uma onda de infecções pela variante ômicron, precisa agora ser aprovado pela Comissão Europeia, o que deve ocorrer nos próximos dias. Em dezembro, a agência já havia aprovado o uso do medicamento em caráter emergencial. 

Alemanha, Itália e Bélgica estão entre os poucos países da Europa que já encomendaram o medicamento, de nome Paxlovid. Nos Estados Unidos, a pílula da Pfizer foi autorizada em dezembro, assim como o medicamento molnupiravir da Merck, similar ao Paxlovid. Canadá e Israel também estão entre o pequeno número de países que já deram luz verde para o fármaco. O uso do comprimido é considerado a segunda linha de defesa contra a doença, após as vacinas. Aqui na Bahia, o estudo é conduzido pelo Hospital Universitário Professor Edgard Santos, da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e já está em fase de recrutamento de voluntários.

O período de busca e o número de vagas não foram definidos pelo hospital. Os requisitos são ter tido contato com alguém que teve covid recentemente e não ter tomado ainda nenhuma dose das vacinas disponíveis. Onze milhões de baianos já tomaram a primeira dose do imunizante, segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado. 

Gerente de Ensino, Pesquisa e Extensão do Hupes, o infectologista Carlos Brites coordena o estudo localmente. Ele explica que não é todo mundo que está apto a contribuir para a pesquisa. “É um perfil bem restrito. Para entrar, você tem que ter tido contato nos últimos cinco dias com alguém que teve covid e não estar vacinado. Isso é para testar o impacto deste medicamento em alguém que foi exposto ao vírus e não tem uma vacina prévia”, explica.

Esse perfil de voluntários foi definido porque, entre os que não foram vacinados, o risco de desenvolver formas graves do vírus é muito mais alto. Além do fato do medicamento já ter se mostrado efetivo em vacinados. De acordo com dados preliminares da Pfizer, a eficácia é de 89% na prevenção de casos graves para quem já está infectado.

Adeus, Olavo  Escritor e influenciador de figuras destacadas no bolsonarismo, Olavo de Carvalho morreu na última segunda-feira na Virgínia, nos Estados Unidos. Um dos maiores ideólogos do pensamento conservador brasileiro, o falecido recebeu até mensagem de pesar do presidente Jair Bolsonaro (PL) – coisa rara nos últimos tempos. Mas as deferências a Olavo não pararam por aí. Apoiador do presidente, o médico psiquiatra Italo Marsili começou uma campanha pela canonização do escritor. Marsili chegou a ser cotado para assumir a pasta da Saúde no governo, após a saída de Nelson Teich. 

O psiquiatra criou um endereço de e-mail para receber depoimentos sobre conversões à igreja católica a partir da influência de Olavo de Carvalho. Nas redes sociais, o médico diz já ter recebido mais de 5.000 respostas. Discípulo de Olavo, Marsili chegou a morar com o escritor nos Estados Unidos, de acordo com reportagem da Folha de S. Paulo. 

O escritor foi sepultado diante de 20 pessoas numa cerimônia ao ar livre. Procurado pela Justiça brasileira, o blogueiro Allan dos Santos compareceu. O ex-chanceler Ernesto Araújo também, assim como o embaixador do Brasil em Washington, Nestor Forster.

O padre da St. Joseph Church, que Olavo costumava frequentar na cidade, foi chamado para conduzir a cerimônia. O caixão chegou fechado. A família e os amigos deixaram o local antes de o caixão ser enterrado.

Olavo deu entrada no hospital John Randolph Medical Center em 14 de janeiro e chegou a ser colocado na UTI. No dia 15, o diagnóstico de covid-19 foi anunciado pelos administradores do seu grupo de Telegram. A família não divulgou a causa da morte.