Semáforos na ACM ficam desligados por 5 horas após roubo de cabos

Essa é a segunda ação criminosa na região em menos de 10 dias

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  • Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2019 às 11:59

- Atualizado há um ano

. Crédito: (Foto: Divulgação)

O trânsito ficou lento na Avenida ACM, no cruzamento com a Rua Cipreste, nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira (17). Dois semáforos que controlam a travessia dos veículos da região amanheceram desligados. Cerca de 200 metros de cabos subterrâneos foram roubados durante a madrugada.

Equipes da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) estiveram na avenida para consertar os equipamentos e reestabelecer a sinalização. O serviço foi finalizado por volta das 11h. Ainda segundo o órgão, os semáforos já voltaram a funcionar e o fluxo normal de trânsito foi reestabelecido.

De acordo com a Transalvador, a intervenção na Av. ACM - Marginal x R. Cipreste nesta segunda-feira custou cerca de R$ 6.749,00. No total, em 2019 já foram gastos R$ 79.088,00 em substituição por furto de cabos e equipamentos de semáforos em Salvador. Em 2018, o número de ocorrência gerou uma despesa total de R$ 471.078,00.

Por causa do apagão dos semáforos, a velocidade média do fluxo ficou em 7km/h. Já no sentido Iguatemi a velocidade média era de 19km/h. De acordo com a Transalvador, essa é a segunda ação de vândalos na região em menos de 10 dias. Para evitar a ação dos criminosos, a Transalvador instalou cabos aéreos nos postes do local. Trânsito está sendo orientado por agentes da Transalvador (Foto: Eduardo Dias/CORREIO) Para quem trabalha nas sinaleiras, o 'apagão' causou prejuízo. Parecia uma boa oportunidade de faturar um pouco mais com o trânsito lento na ACM, mas não foi o que aconteceu com o vendedor ambulante Jailton dos Anjos, 36 anos. Ele conta que, com o semáforo sem funcionar, esperava que as vendagens de seus panos de chão aumentassem. Segundo ele, as vendas diminuíram por conta do transtorno.  “Não ajuda muito. O pior de tudo isso é que os motoristas ficam sem saber se param ou se seguem. Isso é ruim para nós ambulantes também. Muitas das vezes eles estavam passando direto, até os agentes chegarem e controlarem as paradas no cruzamento", disse o ambulante, que deixou a construção civil e começou a trabalhar como ambulante para sustentar a esposa e três filhas.Assim como os ambulantes, muitos motoristas foram prejudicados com o trânsito na região. Como foi o caso do empreendedor Jorge Guedes, 35, que passava pelo local quando se deparou com o congestionamento na região e estranhou o horário do trânsito intenso.

"Eu estava me perguntando: um horário desses e já está tudo engarrafado? Muito estranho. Quando cheguei e vi o que era e realmente posso dizer que é um absurdo, uma situação dessa não tem cabimento. A cidade está toda arrumadinha e existem pessoas que fazem uma coisa como essa. Tomara que as câmeras de segurança identifiquem quem fez isso", desabafou.

Já o aposentado Gerson Carneiro, 73, passava com sua esposa pela região da ACM e afirmou ter sido pego de surpresa. “Eu não estava sabendo de nada. É uma situação bastante complicada, o trânsito fica muito lento. Eu nunca imaginei uma situação dessas por aqui. Tomara que encontrem quem fez isso”, disse.    O estudante Alex Patrick Jesus, 22, estava vindo de Lauro de Freitas para o Costa Azul, mas antes precisou passar pela região da ACM para abastecer, e, no retorno, ficou preso no trânsito lento. “É horrível, a gente fica sem saber a hora que vai abrir, que os carros vão atravessar. Eu nem ia passar por aqui, acabei pegando um retorno e caí aqui nesse trânsito”, disse.