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Da Redação
Publicado em 6 de dezembro de 2017 às 02:00
- Atualizado há 2 anos
O segundo dia de julgamento da médica oftalmologista Kátia Vargas Leal Pereira começa nesta quarta-feira (6), às 8h, com a leitura do memorial, uma recapitulação do que ocorreu na véspera. O interrogatório da médica será o primeiro passo - mas ela poderá optar por não falar. Caso decida dar depoimento, não há um limite de tempo para o interrogatório da ré.>
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Depois, o Ministério Público e a assistência da acusação terão 1h30 – dividida entre as duas partes. A defesa da médica também terá 1h30, podendo ser seguida de 1h de réplica da acusação. Se houver réplica, a defesa terá direito a uma hora de tréplica. Por fim, a juíza explicará os quesitos – que serão lidos por ela e deverão ser marcados por cada jurado em uma cédula de ‘sim’ ou ‘não’.>
As cédulas são depositadas em uma urna que fica em uma sala secreta. Inicialmente, serão seis quesitos. Além desses, outros poderão ser adicionados a partir da tese da defesa. Primeiro dia de julgamento lota Salão do Júri (Foto: TJ-BA/Divulgação) No caso de Kátia, pelo menos três quesitos já são conhecidos: são os três qualificadores apresentados pela denúncia do Ministério Público estadual, quais sejam, motivo fútil, perigo comum e impossibilidade de defesa da vítima. A juíza fará a contagem dos votos até que ocorra a maioria – ou quatro “sim” ou quatro “não”.>
Nenhuma votação é por unanimidade, justamente para preservar a escolha dos jurados. “Com base nessa votação, o juiz vai fazer a sentença”, disse a juíza Gelzi Maria Almeida Souza. Segundo o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), a expectativa da magistrada é que a sentença saia ainda nesta quarta, mesmo que no final da noite. Fila para entrar no Fórum Ruy Barbosa, na manhã desta terça (Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO) Isolados Vale destacar que nem as testemunhas, nem os jurados foram para casa depois do primeiro dia de júri. Eles ficam hospedados em um hotel e não podem se comunicar entre si até o término do julgamento.>
Mesmo se o júri condenar Kátia Vargas, ela não será presa ao fim do julgamento. A prisão só acontece quando o processo transita em julgado – ou seja, quando não há nenhum outro recurso cabível.>