Servidores públicos baianos fazem carreata contra a Reforma Administrativa

Protesto contou com 60 carros e saiu do Campo Grande com destino à Boca do Rio

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  • Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2020 às 18:13

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Ednaldo Amorim/Safetiba

Servidores Públicos baianos realizaram uma carreata contra a Reforma Administrativa nesta quinta-feira (10). A carreata saiu do Campo Grande com direção à Boca do Rio e marcou o Dia Nacional de Mobilização e Luta contra a Reforma Administrativa e em Defesa do Serviço Público. 

A carreata foi organizada pelo Fórum Baiano em Defesa do Serviço Público, que foi lançado em julho deste ano, e teve apoio do Sindicato dos Auditores Fiscais do Trabalho do Estado da Bahia (SAFITEBA), conjuntamente com dezenas de entidades sindicais.

Diretor financeiro do Safiteba, Rivaldo Moraes foi um dos mais ativos na carreata: fez todo o percurso, colou adesivos em carros e afirmou que o ato mobilizatório tem como objetivo dar um basta ao desmonte do Serviço Público e à retirada de direitos no Brasil. 

"Almejamos chamar a atenção da população para os riscos da Reforma Administrativa", afirmou Rivaldo.

De acordo com a organização, a carreata foi pacífica e teve a participação de 60 veículos, cumprindo protocolos de proteção à Saúde exigidos contra a transmissão do Covid-19.

A Reforma A Reforma adminsitrativa foi proposta pelo presidente Jair Bolsonaro no dia 3 de setembro. Entre os pontos do texto, destaca-se o fim da estabilidade para novos servidores. Além disso, a proposta exclui promoções automáticas e uma série de benefícios que foram classificados como privilégios pelo Ministério da Economia, e prevê demissão por mau desempenho. Este último caso valeria para servidores novos e também para os atuais. As reformas não afetam juízes, parlamentares, militares e membros do Ministério Público.

A reforma é uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e precisa de pelo menos 308 votos favoráveis em dois turnos para conseguir aprovação na Câmara dos Deputados. Depois disso, a proposta precisa ser submetida ao Senado e alcançar pelo menos 49 votos para ser sancionada.