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Lavouras localizadas no Oeste do estado foram favorecidas pelo clima mais chuvoso
Da Redação
Publicado em 9 de agosto de 2018 às 13:02
- Atualizado há um ano
Com seguidas revisões para cima, desde fevereiro deste ano, a estimativa é que a Bahia tenha em 2018 uma safra recorde de cereais, leguminosas e oleaginosas (também conhecidas como grãos), totalizando 9.246.519 toneladas em julho, representando aumento de 14,5% em relação à safra 2017 (8.078.077 toneladas). Em relação a junho, quando a previsão era de uma safra 2018 12,8% maior que a de 2017, houve aumento de 1,5% na estimativa.
Aumentos nas previsões das safras de soja (de 5.572.800 toneladas em junho para 5.767.200 toneladas em julho, ou +3,5%), milho 1ª safra (de 1.897.740 toneladas em junho para 1.944.540 em julho, ou +2,5%) e algodão (de 1.128.904 toneladas em junho para 1.143.004 toneladas em julho, ou + 1,2%) foram os principais responsáveis pela revisão para cima.
Enquanto, na Bahia, as estimativas são de uma safra maior neste ano, no país como um todo, a previsão é de uma queda de 5,7% na produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, que deve totalizar 226,8 milhões de toneladas, menos 13,8 milhões de toneladas frente às 240,6 milhões de toneladas de 2017.
Segundo a estimativa de julho, a Bahia deve ter leve aumento na contribuição para a produção nacional de grãos neste ano, de 4,0% (previsão de junho), para 4,1%, mantendo-se, porém, como oitavo maior produtor nacional. Mato Grosso deverá continuar na liderança da produção nacional de grãos, com uma participação de 26,5%, seguido pelo Paraná (15,8%) e Rio Grande do Sul (14,3%).
As informações são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado mensalmente pelo IBGE. O grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas (grãos) engloba os seguintes produtos: arroz, milho, aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo, triticale, amendoim, feijão, caroço de algodão, mamona, soja e girassol.
Em julho, a estimativa é que 12 das 26 safras investigadas pelo LSPA na Bahia tenham aumento de produção neste ano, em relação a 2017. As maores estimativas de crescimento, em termos absolutos, no estado são de cana-de-açúcar (+1,4 milhão de toneladas), soja (+631,2 mil toneladas), milho 1ª safra (+427,6 mil toneladas) e algodão herbáceo (+309,5 mil toneladas). Por outro lado, as safras baianas com maiores estimativas de queda, em toneladas, são as de mandioca (-551,1 mil toneladas), banana (-247 mil toneladas) e laranja (-177 mil toneladas).
Entre junho e julho, revisões para baixo nas estimativas de produção do tomate (de 308,8 mil toneladas para 230,8 mil) e do feijão 2ª safra (de 149,9 mil toneladas para 101,3 mil), levaram ambos a apresentar redução em relação a 2017.
Na safra 2018, a produção brasileira de soja representa mais um recorde da série histórica do IBGE. No total, o país deve colher 116,4 milhões de toneladas, aumento de 1,2% em relação a 2017 (115.752.047 toneladas).
A Bahia foi um dos responsáveis pela revisão para cima na estimativa da safra nacional, entre junho e julho. Houve atualização da produção baiana, com um aumento de 3,5% frente à estimativa de junho (ou mais 194,4 mil toneladas de um mês para o outro), em consequência do aumento, também de 3,5%, no rendimento médio (de 3.483 kg/ha para 3.604 kg/ha).
Assim, em 2018, a Bahia deve produzir 5.767.200 toneladas de soja, 12,3% a mais que em 2017 (5.136.000 toneladas). A soja é o produto de maior safra dentre os investigados no estado, que responde por 5% da produção nacional do grão.
A 1ª safra de milho já foi colhida no Brasil e totalizou 26,1 milhões de toneladas. Embora represente uma redução de 16,1% em relação a 2017 (quando foram colhidas 31,1 milhões de toneladas), de junho para julho a estimativa foi revisada para cima (+0,3%), principalmente em consequência de aumentos na Bahia (+2,5% ou +46,8 mil toneladas) e Ceará (+9,1% ou +36,3 mil toneladas).
Na Bahia, a produção do milho 1ª safra deve fechar 2018 em 1.944.540 toneladas, 28,1% maior que a de 2017 (1.516.880 toneladas).
Já a produção do milho 2ª safra no estado segue com estimativa de queda em relação a 2017. A previsão de julho (461,4 mil toneladas) é que a produção em 2018 fique 10,7% menor que a de 2017 (517,2 mil toneladas).
Em julho, a estimativa da produção total de milho no Brasil, encontra-se 1,0% menor em relação a junho. Após a safra recorde de 2017, a estimativa de produção em 2018 recuou 16,7%, totalizando 82,9 milhões de toneladas.
Estimativa da safra baiana de algodão segue em alta, cresce 1,2% entre junho e julho e deve ser 37,1% maior que a de 2017 A sétima estimativa da produção nacional de algodão, em 2018, alcançou 4,8 milhões de toneladas, aumento de 1,3% em relação à previsão de junho e 24,5% maior que a safra de 2017 (3,8 milhões de toneladas).
A Bahia contribuiu mais uma vez para essa revisão para cima, com uma alta de 1,2% na previsão da safra de algodão, entre junho e julho. Isso ocorreu em razão de aumento de 1,3% no rendimento médio baiano (de 4.225 kg/ha em junho para 4.278 kg/ha em julho).
As lavouras localizadas no Oeste do estado foram favorecidas pelo clima mais chuvoso, o que permitiu um adequado desenvolvimento, refletindo positivamente no rendimento médio.
Assim, a Bahia estima colher, em 2018, 1.143.004 toneladas de algodão, 37,1 % mais que em 2017 (833.490 toneladas), aumentando sua participação na produção nacional para 23,9%. Mato Grosso lidera, representando 66,2% da estimativa da produção.
Em 2018, a estimativa é que o Brasil produza 20,0 milhões de toneladas de mandioca, uma redução de 3,6% em relação à previsão de junho e -3,2% em relação a 2017. Houve reduções de 1,1% na área a ser colhida e de 2,5% no rendimento médio, respectivamente.
Na Bahia, a estimativa é de queda de 26,5% em relação à safra 2017, de 2,078 milhões de toneladas para 1,527 milhão em 2018. Confirmado esse cenário, a Bahia deve reduzir sua participação na safra nacional de mandioca, de 10,1% em 2017, para 7,7% em 2018, mantendo-se ainda como o terceiro estado com maior produção.
Em 2018, a estimativa é que o Brasil produza 6,7 milhões de toneladas de banana, o que representa uma redução de 6,2% em relação à safra de 2017, com revisão para baixo na estimativa (-1,2%), entre junho e julho.
Na Bahia, de junho para julho, houve estimativa de crescimento de 2,6% na produção da fruta, que deve chegar a 823 mil toneladas em 2018. No entanto, a previsão ainda é de queda (-23,1%) em relação a 2017, quando a safra foi de 1 milhão de toneladas.