'Superbebê' de 7kg tem alta quase um mês após o nascimento

A criança é um dos maiores bebês em registro no Brasil nas últimas décadas

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  • Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2021 às 17:48

- Atualizado há um ano

. Crédito: Imagem: Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará

A 'superbebê' paraense nascida com 7 kg e 61 centímetros, Estéfany Araújo Evangelista, recebeu alta na última sexta-feira (10) e voltou para casa com os pais Francilene do Espírito Santo Araújo e Paulo César Santana Evangelista, após um mês na Santa Casa do Pará. A denominação de "superbebê" é para recém-nascidos com mais de 4 kg.

Devido ao peso e a um quadro de hipoglicemia, Estéfany precisou ficar internada. Mas de acordo com comunicado do hospital, ela já está indo para a comunidade onde os pais residem. "Lá, toda a família e amigos do casal aguardam a mais nova e gigante integrante com muita expectativa", diz nota.

Seus pais, o casal de agricultores Francilene do Espírito Santo Araújo e Paulo César Santana Evangelista, residem no município de Acará, nordeste do estado. Estefany é a primeira filha de Francilene. A criança é um dos maiores bebês em registro no Brasil, nas últimas décadas.

A médica pediatra e neonatologista Vilma Hutim diz que o peso normal de um bebê gira em torno de 2,500kg a 3,999Kg. Acima de 4kg já é tratado como um bebê GIG (recém-nascido cujo peso de nascimento é superior ao de 90% dos recém-nascidos com a mesma idade gestacional).

Já a médica pediatra neonatologista da Fundação Santa Casa, Olívia Mota, disse que Estefany, após seu nascimento, precisou ir para uma Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) por ser uma bebê muito grande e com risco de fazer hipoglicemia, e se cansou quando nasceu.

Durante a gestação, a mãe desenvolveu o diabetes gestacional. “E as mães que têm diabetes gestacional dão à luz a crianças muito grandes, normalmente são bebês maiores que quatro quilos, e não tão grandes quanto a nossa Estefany que surpreendeu pelo peso que nasceu. Uma das prováveis causas dela ter nascido tão grande foi a diabetes gestacional da mãe”, diz a pediatra.

Paulo César Santana Evangelista, pai de Estefany, diz que a comunidade onde moram está esperando por ela. “A felicidade é grande, o presente de natal mais grande que já recebi. A nossa família estava esperando um presente grande, mas não tão grande, né! Tenho que só agradecer a Deus em primeiro lugar, a minha família que está nos apoiando e a equipe de profissionais da Santa Casa que nos atendeu muito bem e não deixou nada faltar”, relata Paulo muito feliz pela alta da filha.

A mãe da bebê Estefany, Francilene Araújo, era só emoção falou da gratidão no cuidado consigo e com a filha, durante a sua estada no hospital. Agradeceu o apoio das médicas e enfermeiras e diz que vai amamentar até quando a criança precisar, além de complementar essa alimentação. A família recebeu uma série de presentes, entre as quais roupinhas, fraldas e alimentos.

A médica Norma Assunção, diretora técnica Assistencial da Fundação Santa Casa, esteve presente na alta da criança. Parabenizou os pais de Estefany e agradeceu o apoio e empenho da equipe multiprofissional do hospital que está à frente da assistência às crianças internadas na UCI.  A diretora relatou que deve entrar em contato com a direção da Unidade de Saúde do Acará, que atende os moradores da comunidade, onde vivem os pais da bebê, para que a equipe da Unidade possa acompanhar os primeiros meses de vida de Estefany.