Suspeito de atirar explosivo contra ônibus do Bahia se apresenta à polícia

Envolvidos no ataque vão responder por tentativa de homicídio

  • D
  • Da Redação

Publicado em 10 de março de 2022 às 15:42

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

Um dos suspeitos de participar do ataque ao ônibus do Bahia, no dia 24 de fevereiro, na Avenida Bonocô, se apresentou à polícia nesta quinta-feira (10) para prestar depoimento. 

A informação foi divulgada pela delegada Francineide Moura, da 6ª delegacia de Brotas, responsável por investigar o caso. O suspeito foi identificado apenas como Marcelo e, à princípio, faz parte da torcida organizada Bamor. 

Durante entrevista, a delegada contou que pelo menos nove pessoas participaram do ataque ao ônibus, todos são membros da Bamor. A perícia realizada no carro modelo Oroch verde, utilizado na fuga, comprovou resíduos de explosivos. 

O carro em questão pertence ao presidente da Bamor, Half Silva. Ele foi ouvido no dia 25 de fevereiro, um dia após o ataque, e alega que no momento do atentado estava em Feira de Santana acompanhando o jogo entre Bahia de Feira e Coritiba, pela Copa do Brasil. A delegada, no entanto, explicou que Half ainda não comprovou que estava na cidade do interior. 

O carro de Half Silva teria sido deixado na sede da Bamor e, segundo a investigação, durante o atentado era dirigido por Marcelino Neto, outro integrante da torcida organizada que prestou depoimento no mesmo dia que o presidente do grupo.  

A polícia aguarda ainda os laudos do outro veículo usado no crime e imagens de outras câmeras de segurança da região. Ainda de acordo com Francineide Moura, os suspeitos estão sendo intimados para depor. Ela conta que um deles possui registro de envolvimento com explosivo em outro ataque ao ônibus do Bahia, no ano passado. 

Tentativa de homicídio Os suspeitos do ataque ao ônibus do Bahia vão responder por tentativa de homicídio. De acordo com as investigações, o crime teria sido premeditado já que os envolvidos chegaram ao local por volta das 17h40 e permaneceram até às 20h, horário em que o veículo da delegação tricolor passou pelo local. 

Os suspeitos que já foram ouvidos alegam que estavam no local esperando outras pessoas para irem para uma partida de futebol que aconteceria no bairro do São Caetano. No entanto, essa versão foi descartada pela polícia. 

"Eles começam a se reunir na sede da Bamor e depois vão para esse local sob a alegação de que iriam buscar um outro parceiro que iria participar de um baba, o que não tem nada a ver, ninguém vai ficar ali duas horas esperando. Não temos dúvidas nenhuma que foi premeditado, eles estavam ali esperando o ônibus do Bahia", afirma Francineide Moura. 

No ataque, o goleiro Danilo Fernandes e o lateral Matheus Bahia ficaram feridos. O goleiro sofreu cortes nas pernas, braços e rosto. Um dos estilhaços atingiu a região do olho. Danilo chegou a passar um procedimento médico no globo ocular antes de ser liberado para retomar atividades leves. 

Um carro que trafegava na avenida no momento do atentado também foi atingido. A motorista do veículo sofreu ferimentos leves.