Teatro Miguel Santana, sede do Balé Folclórico, é assaltado duas vezes em uma semana

Diretor-geral do grupo vê ligação entre os crimes

  • Foto do(a) author(a) Gabriel Moura
  • Gabriel Moura

Publicado em 28 de março de 2021 às 13:33

- Atualizado há 10 meses

. Crédito: Foto: Divulgação

Como se não bastassem todos os problemas sofridos pela classe artística durante a pandemia, o Balé Folclórico da Bahia ainda teve que lidar com dois assaltos ao Teatro Miguel Santana,  no Pelourinho, onde funciona sua sede. As ações criminosas ocorreram no espaço de uma semana, nas madrugadas de segunda (22) e de sábado (27).

Ambas as ações foram similares: criminosos pularam o muro de trás do teatro ao escalar em poste e, em seguida, foram roubar as fiações de cobre do sistema de ar-condicionado da unidade. Por conta disso, Walson Botelho, diretor-geral do Balé Folclórico, acredita que há relação entre os casos.

“Em um primeiro momento a gente não entendeu bem o que tinha acontecido. Só vimos alguns canos quebrados. Só quando o Departamento de Polícia Técnica chegou que percebemos que o alvo do assalto era a fiação de cobre”, detalha o diretor-geral.

O crime pode ter ocorrido em dois dias porque durante a primeira ação uma tubulação foi quebrada, provocando um forte jato de água que deve ter assustado os criminosos. Eles, então, teriam fugido através dos telhados de algumas das casas até a região da Barroquinha, onde câmeras de segurança flagraram uma dupla pulando para a calçada.

“Pelas imagens foi possível ver o rosto dos dois. Os policiais reconheceram a dupla, pois já são assaltantes famosos aqui na região. As autoridades sabem quem são e onde moram, falta só ir buscar. O único problema é que, de acordo com os policiais, esses criminosos geralmente ‘desaparecem’ após realizarem um crime, o que dificulta a captura”, detalha Walson Botelho.

Em nota, a Polícia Militar da Bahia informou que guarnições estão realizando rondas em busca dos suspeitos.

Sistema de segurança falhou Estes foram os primeiros assaltos sofridos pelo Teatro Miguel Santana desde que o Balé Folclórico se mudou para lá, há 26 anos. Em 2018, a unidade passou por uma alteração no sistema de segurança: vigias noturnos deram lugar a alarmes e outros aparatos tecnológicos, que falharam durante a ação criminosa.

“Por diversas vezes eu já fui acordado de madrugada porque um morcego tinha ativado o alarme. E agora, quando há um crime, o sistema não funciona”, lamentou o diretor-geral do balé.

Por conta da falha, a empresa responsável pelos equipamentos disse que irá arcar com todos os prejuízos causados pelo assalto, além de instalar um sistema de segurança mais moderno no teatro.