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Cesar Romero
Publicado em 19 de abril de 2021 às 05:00
- Atualizado há um ano
A arte está. É através da rotina do olhar que se encontra o motivo para a arte. O motivo é um guia, um pretexto para se desenvolver uma opção e assim começar um caminho que pode chegar-se a arte. Todo ser humano é dotado para fazer arte, basta experimentar as diversas opções que se apresentam: desenho, pintura, gravura, escultura, colagens, fotografia, dança, teatro, cinema, literatura, moda, design, e tantas outras possibilidades.
O incentivo é uma capacidade específica da natureza humana, é preciso investir numa escolha e seguir experimentando. Tudo é treinamento, é preciso ter paciência e vontade, seguir com a escolha, até surgirem os primeiros sintomas de criatividade. Muitos artistas que se tornaram referências começaram a carreira tardiamente. Exemplos Grauben Monte Lima (1889 – 1972) começou a carreira aos 64, tornando-se uma referência na arte naif, sendo convidada a expor nas Bienais Internacional de São Paulo em 1963 e 1966, 1º Bienal Nacional de Artes Plásticas da Bahia em 1967, Paço Imperial e fazia parte do acervo da coleção Boghice.
Outras referências são Tomie Ohtake, Alfredo Volpi, que são dos maiores artistas nacionais, começaram a surgir depois dos 40 anos de idade. Na literatura o português, prêmio Nobel de Literatura de 1998, José Saramago (1922 – 2010) começou a publicar seus livros já com idade avançada, assim como o italiano Guiseppe Tomasi de Lampedusa (1896 – 1957) notabilizou-se pelo livro O Leopardo, publicado próximo a sua morte. Imortalizado no cinema por Luchino Visconti.
Miguel de Cervantes (1547 – 1616) escreveu sua obra prima Dom Quixote aos 52 anos e é considerado o primeiro romance moderno, hoje um clássico da literatura ocidental. Todas essas personagens tiveram começo tardio e deram uma contribuição inestimável à História da Arte. O que importa é o feito, seja em que época da vida se fez.
O ser humano é dotado de curiosidade, esse desejo intenso de ver, ouvir, conhecer, experimentar algo genuinamente novo, original e desconhecido. Nessa expectativa surge a arte, seja qual for a família artística. Não há melhor destino para o homem do que servir à espécie humana. Aí a arte e a ética se irmanam. A ética é a ciência da moral, uma parte da filosofia que trata dos costumes e dos deveres do Homem. Perde-se a ética quando se dá a competição pelo poder nefasto, perdendo-se aí sua Linguagem natural.
A Linguagem é o código de entendimento com os semelhantes e com a Natureza. Uma das maiores criações do Homem é o Homem Ético, capaz de conviver consigo mesmo e com os outros e estar emocionalmente em contato sadio com o mundo.