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Paulo Leandro
Publicado em 28 de julho de 2021 às 05:39
- Atualizado há um ano
- Eu sou Vitória, mas quando o Bahia joga, aí eu sou a Bahia!
O aforismo atribuído a ACM poderia ser adaptado nas oitavas da Copa do Brasil: “Quando o Bahia e a Juazeirense jogam, eu sou a Bahia!”. 15 milhões em ação, pra frente Juá e Bahia do meu coração, todos juntos vamos, de repente é aquela corrente pra frente.... hino do Tri em 2021.
Perdeu-se este “get together”, prejudicando vendas de assinatura e publicidade, vicejam critérios de empregabilidade e promoção avessos ao mercado e ao aforismo do “Cabeça Branca”, valeria hoje “só o Baêa é a Bahia” e a pluralidade, tão cara à democracia, aqui “jazz”.
CANCÃO × PEIXE (SANTOS) Tarde de quarta-feira, Oyá Yansã e Sangô guiam vermelho, como a Juazeirense, pintada também com o verde e o amarelo do Brasil, formando as cores de Mamãe Etiópia, útero do mundo.
Nossa bandeira nunca será vermelha, tudo bem, fique em paz, mas o padrão do time da Terra das Carrancas tem as cores do Cancão de Judá, força, nação regueira, one-love-one-heart, diante do Santos, tão superior a ponto de seus jogadores desdenharem dos nossos.
O arqueiro deles, João Paulo, pega muito, mas deve treinar bolas aéreas, vindas do fundo ou do meio, para não precisar confiar no zagueirão Kaiky, sendo as duas laterais, melhor a esquerda, enquanto a direita hesita entre Madson e Pará.
Não seria difícil localizar Marinho sem GPS, uma vez pintar o coco com cores marca-texto, do roxo evoluiu para o rosa, tamanha a confiança deste craque ex-Vitória, cuja serventia não está apenas em si mesmo, mas em abrir espaços para os colegas.
A Juazeirense foi aceita pelos mitógrafos, criando-se um verbete antes de Juno (Hera) e depois de Jasão, embarcado no Argo a fim de ir buscar o velo de ouro da nova classificação.
Rodrigo Chalaça não é deus, porque os deuses são eternos, mas deixou a condição de um mortal comum, tornando-se o herói na eliminação do fluminense Volta Redonda, ao pegar dois pênaltis, façanha repetida pelo aquiles de luvas diante do Cruzeiro de Minas.
Entre um e outro adversário lapidado, transpassou a lança etíope o coração de leão do Recife, na virada por 3x2, sobre o Sport, com sistema de irrigação funcionando subitamente, ambulância entrando em campo, falta de energia elétrica, deu a louca no Adautão naquela noite.
A Ilíada do Cancão de Judá foi antecedida pela Teogonia do Barro Vermelho, Olaria e os times da forte liga juazeirense, semeando o Juazeiro Social Clube, o time do coração rabiscado no distintivo, desenho inspirador pela sua pegada amorosa.
Tanto amor levou o primeiro Juá a firmar-se entre os bambambans, ao decidir um título com o Bahia, unindo no adjetivo “social” do nome a comunidade desportiva do Vale do São Francisco, hoje representada no time mulher, a Juazeirense.
GALÔ × BAÊA Anda faltando em São Joaquim o penoso marido da galinha, doador de sangue quente para Exu abrir o caminho tricolor em BH, onde o time Bi permaneceu após o descuido de domingo, quando habilmente escondeu seu jogo da curiosidade dos avengers liderados pelo velho Hulk (35 anos, Jah!). Não sei se amanhã, mas o tricolor tem Dado hoje, no banco, restando aguardar um belô futebol do nosso big Baêa.
Paulo Leandro é jornalista e professor doutor em Cultura e Sociedade.