Traficante monitorado pela polícia é baleado após pegar táxi no Subúrbio

Taxista não sabia que transportava suspeitos; tiros foram no São Gonçalo do Retiro

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  • Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2017 às 23:09

- Atualizado há um ano

Uma corrida de táxi que parecia ter começado como outra qualquer, em São Tomé de Paripe, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, terminou com uma viatura atravessada na frente do táxi, nas imediações do bairro de São Gonçalo do Retiro, com dois passageiros feridos, além de dois presos, na noite deste domingo (22). Segundo o taxista, um dos suspeitos baleados teria morrido, mas a informação do óbito, publicada inicialmente pelo CORREIO, foi negada pela assessoria da Polícia Civil. Nenhum dos suspeitos teve o nome divulgado.

Segundo informações de um membro da Comissão de Taxistas da Bahia, que não quis se identificar, tudo começou por volta das 19h, quando quatro homens entraram no táxi, numa fila em São Tomé de Paripe, e solicitaram a corrida até o São Gonçalo. O que o taxista, que também não teve o nome informado, não sabia é que os quatro homens eram traficantes procurados e monitorados pelo serviço de investigação da polícia.

Quando a corrida se aproximava do final, cerca de 20 km depois, uma viatura da Polícia Militar atravessou na frente do táxi. “O taxista não sabia o que estava se passando. Para ele, era uma corrida normal; ele jamais iria imaginar que ia terminar desse jeito. Houve um pedido de ajuda, mas ele só teve que descer do carro quando o pessoal da polícia jogou a viatura na frente do táxi, já próximo à região de São Gonçalo”, disse o representante da Comissão de Taxistas.

Dos quatro passageiros, ao menos um deles foi encaminhado para o Hospital Geral Roberto Santos, no Cabula, e outros dois acabaram presos, segundo informações do mesmo membro da comissão. O taxista que, sem saber, transportava os traficantes, foi levado pela polícia até o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) como testemunha da operação e, em seguida, até a Corregedoria da Polícia Militar, na Pituba.

Um grupo de cerca de 40 taxistas foram aos dois locais para prestar apoio ao colega. Ainda na noite do crime, o CORREIO procurou o Centro Integrado de Comunicações da Polícia (Cicom), o posto policial do Roberto Santos, a Secretaria de Segurança Pública e o DHPP, mas o caso não havia sido registrado em nenhum dos locais. A reportagem também tentou contato com a Rondesp Central, que cobre a área, além da Polícia Militar, sem sucesso. O taxista que levou os suspeitos passa bem.