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Da Redação
Publicado em 9 de dezembro de 2021 às 16:04
- Atualizado há 2 anos
Faz um mês desde a morte da baiana Yasmin Bastos Nunes, de 11 anos, por leucemia linfoide aguda (LLA). A fatalidade aconteceu após um atraso da União em fornecer o valor que a permitiria realizar o tratamento da doença, nos Estados Unidos. Mas mesmo com as circunstâncias, seus tutores não se deixaram levar pela dor.>
Através do Instagram da menina, que acumulou 160 mil seguidores ao longo dos anos, a família, de Feira de Santana, anunciou a criação do Instituto Yasmin Bastos, projeto social para apoiar a luta de outras crianças contra o câncer."Nós resolvemos criar o Instituto Yasmin Bastos, de apoio emocional às famílias e crianças que estejam enfrentando câncer na nossa região. Também ofereceremos apoio jurídico, financeiro, além de tentar buscar políticas públicas que apoiem crianças com câncer", afirmou o pai da criança.Durante o enfrentamento da doença, a família arrecadou R$ 2,4 milhões para custear o tratamento da pequena, na campanha "Todos por Yasmin". O valor arrecadado será revertido no projeto social. Mas esse dinheiro não foi suficiente, tamanho o custo da terapia CAR-T CELL.>
Por isso, a família recorreu à União. Entretanto, mesmo depois que a Justiça Federal determinou o pagamento dos R$ 1.914.535,77 necessários, através do Sistema Único de Saúde (SUS), a União recorreu da liminar que determinou o depósito.>
Dois dias depois que o depósito foi feito, Yasmin faleceu. O dinheiro foi devolvido aos cofres da União após o falecimento da criança. Apenas o valor arrecadado em campanha será utilizado no Instituto. "Após o falecimento, comunicamos ao Ministério Público, e o dinheiro voltou aos cofres da União", afirmou o pai."A gente quer ressignificar a luta de Yasmin dessa forma, procurando somar. Cada dia que passa, a gente se surpreende com o amor que recebemos e temos muito orgulho de ter tido ela. Agradeço a Deus por ter tido esse serzinho ao meu lado por 11 anos e quero tentar me manter firme, junto com os voluntários que se juntarem a nós", diz.>