Um país é sua história, sua essência e tradições

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  • Cesar Romero

Publicado em 30 de dezembro de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

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A tradição do São João no Nordeste é resistente (foto/divulgação) O Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade busca o registro das manifestações culturais intangíveis dos diferentes povos. De há muito é estudado por antropólogos, sociólogos e historiadores. A partir de 2004 a Unesco buscou incentivar a necessidade do registro e o aprofundamento de questões para levantamento de vivências coletivas e vida psico-social de indivíduos. Na vastidão continental do nosso país, encontramos bens imateriais que nos dão a noção de pertencimento e pátria, como o samba de roda, cantigas folclóricas, frevo, maracatu, Folia de Reis, bumba meu boi, carnaval, congados, vaquejadas e outros.

O Nordeste brasileiro, tão marginalizado pela chamada ‘’ cultura erudita‘’ é onde palpita a identidade nacional com maior pujança. Dessa maneira tivemos certa ‘’sorte‘’ de não sermos tragados de forma tão brutal pela globalização, pela massificação dos costumes. Resistimos. A nossa alma nativa, apesar das já descaracterizações, mantém tradições que emanam do povo como o São João, São Pedro, Festas de Largo, capoeira, maculelê, presépio, Samba de Roda do Recôncavo Baiano, os estandartes e monogramas dos santos de devoção, as manifestações afrobrasileiras, a linguagem peculiar dos diferentes estados, mercados, feiras livres, santuários, viola-de-cocho, ofício das baianas de acarajé, Círio de Nossa Senhora de Nazaré, Feira de Caruaru, Tambor de Crioula do Maranhão, a Feira de São Joaquim em Salvador, entre tantas.

Um país é sua história, sua essência e tradições. O regionalismo vem de características predominantes de uma extensão geográfica com suas manifestações culturais bem definidas, valorizando os costumes do povo, sua realidade endógena.

Entre os artistas primitivos, geralmente de grande receptividade popular, os que mais se destacaram traduzindo nosso Patrimônio Cultural Imaterial: Miriam Inês da Silva, Gerson de Souza, Heitor dos Prazeres, José Antonio da Silva, Maria Auxiliadora, Waldomiro de Deus e Rosina Becker do Valle. Estes são artistas sem os desvios que se tenta impor à criatividade e singularidade popular.

Entre artistas eruditos que também se valeram de bens culturais intangíveis encontramos: Rubem Valentim, Alfredo Volpi, Lula Cardoso Aires, Miguel dos Santos, Wellington Virgolino, Ronaldo Rego, Guignard, Aloísio Zaluar, Sante Scaldaferri, Fulvio Pennacchi, Mario Cravo Neto, Aldemir Martins, Emmanuel Nassar, Di Cavalcanti, Gilvan Samico, Tarssila do Amaral, Lívio Abramo e Humberto Espíndola.              

Preservar bens culturais, transmitir a novas gerações é referência para preservação da essência de um povo, de uma nação.