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Da Redação
Publicado em 27 de setembro de 2022 às 20:04
- Atualizado há 2 anos
Dois anos depois das últimas eleições, os brasileiros têm mais um encontro marcado com as urnas eletrônicas no próximo domingo (2). Os 5 mil equipamentos que serão utilizados na capital baiana já estão lacrados e prontos para serem distribuídos nas seções eleitorais no sábado (1º). Nesta terça-feira (27), os últimos preparativos foram realizados em Salvador, e as 34 mil urnas que serão espalhadas pelo resto do estado devem ficar prontas até quinta-feira (29). >
Mas, afinal, no que consiste a preparação das urnas eletrônicas? É neste momento da pré-votação que ocorre a inseminação de dados e a testagem. “Nós estamos na reta final. As urnas foram inseminadas com dados dos eleitores e candidatos e também foram lacradas com os lacres produzidos pela Casa da Moeda. A partir de agora, elas podem ser direcionadas aos locais de votação que também estão sendo preparados”, explica Jaime Barreiros, analista judiciário do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE). >
Este procedimento acontece no Centro de Apoio Técnico do TRE-BA, em Salvador, e no interior é feito em cartórios eleitorais, polos de informática ou em outros locais, a depender da determinação dos juízes eleitorais. A preparação pode ser acompanhada por partidos, instituições e entidades fiscalizadoras. Lacres produzidos pela Casa da Moeda foram colados nas urnas (Foto: Arisson Marinho/CORREIO) Enquanto as urnas são distribuídas, alguns elementos de segurança protegem os equipamentos. Por exemplo, elas possuem um sistema que só permite que sejam utilizadas no momento programado para a votação. Além disso, em nenhum momento as urnas são conectadas a redes de comunicação externa, o que as protege de ataques hackers.>
Uma novidade que será colocada em prática neste ano é a escolha de 33 urnas que passarão por uma auditoria no momento da eleição. Até 2020, apenas quatro urnas passavam por esse processo. Jaime Barreiros afirma que essa etapa é mais uma das que provam a confiabilidade do processo eleitoral brasileiro. >
“No sábado, 33 urnas serão escolhidas no estado por associações que desejarem testar a confiabilidade, para passarem por uma auditoria. O processo é chamado de votação paralela, e as urnas serão trazidas para a sede do TRE em Salvador. No domingo, será feita uma votação simulada para ser demonstrado os procedimentos de votação e apuração”, explica o analista. Os equipamentos que forem retirados das suas seções eleitorais serão substituídos. As urnas que serão levadas para o interior do estado devem estar preparadas até quinta-feira (29) Foto: (Arisson Marinho/CORREIO) Diferentemente do que vem sendo propagado em redes sociais, as urnas eletrônicas são auditáveis e a auditoria pode ser feita em oito processos diferentes. Entre eles estão a reimpressão do boletim de urna e a verificação de assinatura digital, uma técnica criptográfica.“As eleições são claras, auditáveis e seguras. São 26 anos de tradição e o processo é um exemplo para o mundo”, defende Jaime Barreiros. Uso do celular Desde as eleições de 2010, o uso de celulares dentro das cabines eleitorais é proibido. Mas neste ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) regulamentou o uso do aparelho eletrônico e, se antes era possível deixá-lo no bolso no momento da votação, agora o eleitor deverá entregá-lo ao mesário. >
Quem for votar, no entanto, pode ficar livre para usar o celular nos espaços da sua seção eleitoral e só no momento do voto será proibido de ficar com o aparelho. Até a finalização desta reportagem, o Tribunal Regional Eleitoral não havia determinado se vai existir um local específico para o celular ser colocado ou se será entregue aos mesários. >
Entre a eleição de 2018 e a deste ano, houve um incremento de 7,5% de mesários na Bahia. No domingo, serão cerca de 136 mil pessoas trabalhando nos locais de votação espalhados pelo estado. >
Segundo dados disponibilizados pelo TSE, 27% dos mesários são voluntários. O número é pequeno se comparado com o estado mais populoso do Brasil, São Paulo, onde 63% se voluntariaram. Na Bahia, 69% dos mesários são mulheres e a maior parte tem entre 35 e 49 anos.>
*Com orientação de Monique Lôbo.>