Vacinação contra covid para crianças tem movimento tranquilo em Salvador

Crianças comemoram oportunidade de se proteger contra a covid-19

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  • Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2022 às 10:55

- Atualizado há um ano

. Crédito: Bruno Wendel/CORREIO

O início da vacinação das crianças em Salvador teve clima de tranquilidade. No início da manhã deste sábado (15), na Arena Fonte Nova, o movimento era calmo e sem aglomeração.

Maria Clara Santos de Oliveira, 11 anos, chegou para vacinar acompanhada da mãe, a empresária Fabiana Oliveira, 44. Apesar da aplicação ter doído "bem pouco", ela falou da importância da imunização. "Vai ajudar as pessoas a combater a covid. Estou fazendo a minha parte", disse a pequena. Maria Clara recebeu a primeira dose do imunizante na Arena Fonte Nova (Foto: Bruno Wendel) Mãe e filha chegaram à Arena Fonte Nova às 6h30 e às 8h49 Maria Clara foi vacinada. "Quando a gente chegou aqui, estava tudo organizado, mas não sei o porquê não começou às 8h. A fila cresceu e as pessoas esperavam bem mais de 20 minutos na fila.  Mas não tem como não ter nenhuma aglomeração numa fila.  A pessoa tem que vir com uma boa máscara e tentar fazer o distanciamento", disse Fabiana. Vinte minutos depois, as duas deixaram a arena sem problemas. "Graça a Deus ela não teve numa reação à vacina", comemorou. 

Logo em seguida, foi vez da imunização de Leonardo Lima, 11. Na hora da aplicação da vacina, ele elevou a mão ao rosto. "Não tenho medo de injeção. É que não gosto de foto", justificou o rapazinho.  A mãe dele disse que já teve um parente com covid-19. "Minha irmã já teve, mas não foi algo tão sério. Sou grata pela vacina e estou aguardando a vez para vacinar mais dois da família, um menina de 5 e um menino 9. Estamos aguardando a vez deles chegar", declarou a estudante Mariane Lima, 30. Mãe e filho estavam na fila às 7h40.

"Às 8h23 passamos pela triagem e às 9h05 ele foi vacinado", disse ela antes de deixar o estádio, após os 20 minutos recomendado para ver se há reação à vacina.  Leonardo disse que não tinha medo da injeção (Foto: Bruno Wendel) Quem também se vacinou foi Lara Vitória Teixeira, 11. "Estava com um pouco de medo, por causa da agulha, pq achei que ia doer", disse. Ela foi levada ao local pela mãe.  "Isso é gratificante (vacinação) porque muitas vidas foram perdidas. Então, não pensei duas vezes. A minha filha está em primeiro lugar", declarou a administradora Laíse Teixeira, 35. Elas chegaram na fila às 7h. "A primeira pessoa foi vacinada às 8h35.  A previsão era começar às 8h. Ou seja, mais de meia hora de atraso. Minha filha foi vacinada às 08h35. Houve desorganização", disse Laíse, quando deixava a Arena com a filha sem maiores problemas. Lara Vitória foi com a mãe tomar a vacina (Foto: Bruno Wendel) No 5º Centro, o movimento também foi tranquilo durante a manhã. Segundo a subcoordenadora do distrito do Centro Histórico, Paloma Figueredo, a vacinação começou às 08h10. "Mas todos não levaram mais de 20 minutos de atendimento, desde as duas triagens e a vacinação. Depois, pais e filhos esperam mais 20 minutos pra ver se havia reação da vacina e todos liberados em seguida. Mas algumas pessoas chegaram muito cedo e tiveram que aguardar o início da vacinação. Mas todo o processo está sendo muito rápido", disse ela. Até às 10h nenhuma criança teve reação à vacina. Movimento também foi tranquilo no 5º Centro, nos Barris (Foto: Bruno Wendel) "A vacinação foi rápida, mas não deveriam exigir o cartão de vacinação anterior. Muitas mães, principalmente de baixa renda, não têm o hábito de guardar o cartão. Algumas pessoas saíram e não voltaram. Eu fui em casa,  voltei e consegui vacinar a minha filha. Moro aqui perto", disse o dentista José Carlos Simões Franco, 57, que levou a filha Cecília Ribeiro Franco, 11. José Carlos Simões teve que ir em casa pegar o cartão de vacina da filha Cecília, exigido na hora da vacinação (Foto: Bruno Wendel) Eles chegaram às 8h, no posto. Foi em casa e retorno às 8h25. "Quanto ao processo de vacinação, foi tranquilo e rápido. Apresentamos o cartão e ela foi logo vacinada", disse ele."Vim aqui me proteger", disse Cecília.  Crianças com deficiência Na sede da Apae, na Pituba - um dos três locais destinados exclusivamente para imunização das crianças com deficiência na cidade - o clima de animação tomou conta dos pequenos que esperavam ansiosos, ao lado dos pais, o recebimento da dose. O momento foi ainda mais especial com personagens como robô, princesas, Galinha Pintadinha e até mesmo o Homem-Aranha, sob a animação de Tio Paulinho. 

A mãe da primeira criança vacinada na capital baiana, Priscila Cardoso, de 38 anos, falou sobre a felicidade de ver Larissa Mota, de 10 anos, portadora de hidrocefalia, imunizada. "Demorou mais chegou. A expectativa era grande, o sentimento é de alívio. Que venha a segunda, terceira, todas as doses necessárias para a gente se livrar do vírus e do medo. Peço a Deus que as mães venham vacinar seus filhos porque a vacina salva, e isso é comprovado cientificamente. O dia foi é de muita emoção".

O titular da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Leo Prates, lembrou que a vacinação contra a Covid-19 é importante, por ser uma ação de proteção coletiva. Ele afirmou ainda que, assim que chegarem novas doses, a estratégia será avançada para outras idades. 

"A nossa previsão era vacinar 50 mil crianças hoje, mas só recebemos 12 mil doses. Assim que vierem mais lotes, vamos continuar trabalhando para imunizar todas as crianças o mais rápido possível, fazendo com que Salvador continue a ser a capital mais eficiente na vacinação no país ".