Veja lista das cinco cidades da Bahia onde o coronavírus mais cresce

Duas cidades do interior baiano lideram a lista e preocupam autoridades

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  • Daniel Aloísio

Publicado em 29 de abril de 2020 às 05:30

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução/Instagram

Você sabe como anda a realidade da sua cidade nesse contexto de pandemia? A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) divulgou que, em média, a taxa de crescimento dos casos de coronavírus no estado é de 8,6% ao dia. Esse número é considerado alto e precisa ser reduzido para, no mínimo, 6%, segundo o secretário de saúde Fábio Vilas-Boas.

Algumas cidades tem contribuído para que essa taxa esteja num nível tão elevado. E se você pensa que a capital baiana, por ser o munícipio com maior número de casos, é o local onde a Covid-19 mais cresce, está enganado. O CORREIO calculou e preparou uma lista (veja abaixo) com as cinco cidades baianas que possuem maior taxa de crescimento do coronavírus.

Veja também: entenda poque a taxa de crescimento do coronavírus na Bahia tem que ser abaixo de 6%

A Bahia, assim como os outros estados brasileiros, não promoveu o lockdown – termo usado para referenciar o bloqueio total da circulação de pessoas em um local. Alguns países tiveram que fazer isso, como a Itália, pois não conseguiam ver o número de novos casos de coronavírus por dia diminuir.  

“O objetivo do distanciamento social é exatamente diminuir essa velocidade de transmissão”, explicou a infectologista Adielma Nizarala. Ela faz parte da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (SMS) e explica as atitudes tomadas pelo município.  

No levantamento feito pelo CORREIO, Salvador é a terceira cidade da Bahia que mais tem contribuído para o aumento dos casos de coronavírus no estado. A taxa de crescimento é calculada sempre comparando o total de casos novos do dia atual com o do dia anterior.

O cálculo feito pelo CORREIO faz a média de todas as taxas de crescimento diárias desde quando a cidade atingiu o seu vigésimo caso. Confira a lista: 

O que dizem as prefeituras: 

“Nós orientamos o distanciamento social e fizemos decretos para diminuir a circulação de pessoas, mas não proibimos ninguém de sair de casa. O grande problema é que pessoas tem circulado nas ruas sem necessidade. O isolamento domiciliar é a forma mais eficaz de diminuir o contato entre as pessoas e diminuir a velocidade de transmissão”, explicou a infectologista da SMS, Adielma Nizarala.  

A assessoria da Prefeitura de Itabuna informou que está capacitando os profissionais de saúde para lidarem com a pandemia. Já o secretário de saúde de Ilhéus, Geraldo Magela, destacou as ações que o município tem feito para conseguir diminuir a taxa de crescimento dos casos de coronavírus na cidade.  

“Estamos fazendo bloqueios sanitários por quarteirão, nos locais onde tem infectado. O uso da máscara também é obrigatório na cidade. Nosso principal problema é o de aglomeração em lotéricas e bancos, pois 6h já tem fila formada. Dos bancos já foram multados. Outros 200 bares também foram penalizados por não cumprir o decreto de abertura apenas dos serviços essenciais”, disse Magela.  

Por sua vez, as Prefeituras de Feira de Santana e Lauro de Freitas comemoram o índice abaixo dos 6%, considerado ideal pelo Governo do Estado. No entanto, as duas cidades preferem manter a cautela e as medidas de distanciamento social para que essa taxa não volte a subir.  

“A consciência tem aumentado, mas ainda vemos pessoas resistentes, que não acreditam que o coronavírus mata. Se aumentar o número de casos, vamos ser obrigado a tomar medidas restritivas mais duras. Máscara sozinha não resolve. É preciso manter o distanciamento e evitar aglomerações”, alertou o prefeito de Feira, Colbert Martins (MDB).  

Já a assessoria da Prefeitura de Lauro de Freitas destacou que 16 decretos já foram regulamentados para estimular o uso da máscara e restringir ou suspender o funcionamento do comércio e escolas na cidade. Além disso, a prefeitura tem feito a higienização de estações de transporte, passarelas e praças da cidade com hipoclorito de sódio.   

*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro