Vendas do varejo na Bahia caem 1% de julho para agosto, diz IBGE

Apesar dos resultados, os resultados ainda se mantêm em alta no acumulado no ano de 2019

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  • Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2019 às 16:53

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Marina Silva / Arquivo CORREIO

O varejo baiano não teve um bom desempenho no mês de agosto. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) as vendas do varejo na Bahia recuaram 1% em relação à julho, que por sua vez registrou crescimento de 2,4% na comparação com o mês de junho.

O resultado ficou abaixo do registrado no país como um todo, onde as vendas tiveram variação positiva de 0,1% entre julho de agosto. Foi também o pior mês de agosto para o varejo baiano, nessa comparação, desde 2015, quando a queda foi de 1,3%.

Na passagem de julho para agosto, 15 dos 27 estados tiveram aumento nas vendas do comércio varejista, com destaque para Piauí (11,9%) e Amapá (4,3%). Por outro lado, Rio de Janeiro (-2,3%) e Rio Grande do Sul (-7,6%) apresentaram os piores resultados.

Na comparação com o mesmo mês de 2018, o varejo baiano se manteve estável em agosto, após ter registrado avanço de 3,5% em julho. O desempenho também ficou aquém da média nacional (1,3%) e foi o pior para um mês de agosto, no estado, desde 2016 (-12,2%).

Frente a agosto do ano passado, as vendas do varejo cresceram em 14 dos 27 estados. Com fortes altas, Amapá (26,4%) e Amazonas (12,2%) tiveram os melhores resultados, enquanto as vendas caíram mais no Piauí (-4,9%) e na Paraíba (-9,0%).

Apesar dos resultados de agosto, as vendas do varejo baiano ainda se mantêm em alta tanto no acumulado no ano de 2019 (0,9%) quanto no acumulado em 12 meses (0,9%). Em ambos os casos, houve desaceleração no crescimento frente a julho (quando os índices estavam em 1,1% e 1,0% respectivamente) e os resultados estão abaixo da média para o país como um todo (1,2% e 1,4%).

Em agosto, vendas recuam em 6 das 8 atividades do varejo baiano; mercados (-1,8%) e livrarias (-42,1%) foram os que mais puxaram o setor para baixo. Na Bahia, o volume de vendas caiu em 6 das 8 atividades do varejo restrito (que exclui os segmentos de automóveis e materiais de construção), na comparação com o mesmo mês de 2018.

Apesar de as vendas de livros, jornais, revistas e papelaria (-42,1%) terem registrado novamente a maior queda (o segmento recua sem parar há mais de um ano, desde julho de 2018), o destaque negativo em termos de influência no desempenho geral do varejo no estado ficou com o segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,8%).

Os supermercados têm o maior peso na estrutura da receita do varejo na Bahia e recuaram após terem tido um avanço em julho (1,7%). O resultado negativo dessa atividade em agosto, no estado, foi na contramão do verificado no país como um todo, onde ela viu suas vendas crescerem (2,4%) e contribuiu fortemente para o avanço do comércio nacional frente a agosto de 2018 (1,3%).

Com resultados majoritariamente negativos, a estabilidade no desempenho geral do setor varejista baiano em agosto se deveu principalmente ao aumento nas vendas de combustíveis e lubrificantes (12,5%) e, em escala bem menor, ao segmento de outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,5%), que tem peso importante do comércio on-line.

As vendas de combustíveis vêm crescendo seguidamente na Bahia desde maio deste ano (há quatro meses), depois de terem apresentado quedas praticamente ininterruptas por 20 meses.

Em agosto, na Bahia, o comércio varejista ampliado também registrou recuo nas vendas frente a julho (-1,9%), na série com ajuste sazonal, e estabilidade na comparação com agosto de 2018 (0,0%).

Na passagem de julho para agosto, o resultado baiano (-1,9%) foi o terceiro pior, praticamente empatado com o do Rio de Janeiro (-1,9%) e acima do verificado em Roraima (-3,0%). No país como um todo, as vendas do varejo ampliado ficaram estáveis nesse confronto (0,0%).

Já frente ao mesmo mês do ano passado, em agosto, as vendas do varejo ampliado na Bahia não apresentaram variação, enquanto no Brasil foi registrado avanço de 1,4%.

O varejo ampliado engloba, além do varejo restrito, as vendas de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, para as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado.

Na comparação com agosto de 2018, as vendas do segmento de veículos cresceram 1%, mas as de material de construção recuaram 2,9%.

O desempenho do varejo ampliado em agosto manteve as vendas do setor estáveis tanto no acumulado no ano de 2019 quanto em 12 meses. Foi o segundo mês consecutivo de estabilidade para esses dois indicadores acumulados no estado. No país como um todo, o varejo ampliado cresceu 3,5% no acumulado entre janeiro e agosto e avançou 3,7% em 12 meses.