Venezuela diz que Brasil convidou Maduro para posse de Bolsonaro

Chanceler venezuelano postou ofício e disse que Maduro negou convite

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  • Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2018 às 19:29

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Arquivo AFP

O chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, disse neste domingo (16) que Nicolás Maduro foi convidado para a posse de Jair Bolsonaro, em 1º de janeiro. O futuro Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou mais cedo que Maduro não foi convidado "em respeito" ao povo venezuelano. Depois, Bolsonaro afirmou também que não houve convite. O Ministério das Relações Exteriores disse que não comentará o assunto.

A orientação dada inicialmente ao Ministério das Relações Exteriores foi justamente para que todos os países fossem convidados. Depois, contudo, a orientação mudou e se decidiu que Cuba e Venezuela não deveriam ser chamadas.

No Rio, hoje à tarde, Bolsonaro disse que não vai receber Maduro. Ele foi ao Twitter comentar o assunto. "Naturalmente, regimes que violam as liberdades de seus povos e atuam abertamente contra o futuro governo do Brasil por afinidade ideológica com o grupo derrotado nas eleições, não estarão na posse presidencial em 2019. Defendemos e respeitamos verdadeiramente a democracia", escreveu.

Já Arreaza publicou no Twitter duas notas que atribui ao Itamaraty, ainda sob comando de Aloysio Nunes, nomeado pelo atual presidente, Michel Temer. Nelas, há convite para que Maduro viesse à posse.

Em seguida, Arreaza publicou outra nota, que seria a resposta do regime Maduro ao convite: "O governo socialista, revolucionário e livre da Venezuela não assistiria jamais à posse de um presidente que é a expressão da intolerância, do fascismo e da entrega de interesses contrários à integração latino-americana e caribenha", diz o texto.