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É pouco provável que Lula sancione aumento no número de deputados, diz Rui Costa

Ministro da Casa Civil é o entrevistado desta segunda-feira (7) do programa Roda Viva

  • Foto do(a) author(a) Tharsila Prates
  • Tharsila Prates

Publicado em 7 de julho de 2025 às 23:35

Rui Costa no Roda Viva
Rui Costa no Roda Viva Crédito: Reprodução/ TV Cultura

Em entrevista ao programa Roda Viva da TV Cultura nesta segunda-feira (7), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse ser "pouco provável" que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancione o projeto de lei que aumenta o número de deputados federais de 513 para 531.

"É uma escolha que só cabe a ele fazer", afirmou Rui, dizendo que não dará conselho nenhum ao presidente sobre a matéria. Mas, com a insistência dos jornalistas, o ministro acabou afirmando ser pouco provável a sanção por parte de Lula.

No fim de junho, o Senado Federal aprovou o projeto de lei que amplia de 513 para 531 o número de deputados federais no Brasil. A proposta, de iniciativa do Congresso, prevê um impacto estimado em R$ 65 milhões por ano com a criação das 18 novas vagas, levando em conta salários, benefícios e toda a estrutura necessária para os novos parlamentares.

O projeto passou por forte resistência, inclusive entre parlamentares, e teve votação apertada no Senado. No mesmo dia, foi rapidamente aprovado pela Câmara e seguiu para análise do presidente.

A repercussão da proposta na sociedade é negativa. O Instituto Datafolha divulgou que a maioria dos brasileiros não concorda com a proposta de aumento do número de deputados federais: 76% dos entrevistados disseram ser contra a medida. Apenas 20% são favoráveis à proposta Outros 2% não souberam responder e 1% se disse indiferente.

Ainda durante o programa da TV Cultura, Rui Costa comentou sobre as ameaças de Donald Trump tanto ao Brics quanto a situação de Jair Bolsonaro: "Não vai ser ameaça de um ou outro país que vai conter o avanço brasileiro".

Questionado sobre o IOF e os atritos do Congresso com o governo federal, ele disse: "Não se trata de defender somente o IOF como instrumento regulatório, mas também a capacidade de governar". "Se o governo não puder mais publicar decreto ou portaria, não tem mais governo. Nem esse, nem nenhum outro no país".

Ele ainda falou sobre as dificuldades de relacionamento do governo federal com o presidente da Câmara, Hugo Motta: "Acho plenamente possível repactuar a relação. Estabelecer um cronograma de votação no Congresso". E rebateu as acusações de ser "duro" no trato com colegas de Esplanada: "Não tenho nenhuma dificuldade, são mitos".

Sobre os gastos com energia elétrica no Brasil, ele revelou que o governo está preparando uma medida provisória para que a maioria da população não pague mais caro na conta de luz.

A bancada de entrevistadores foi formada por Josias de Souza, colunista do UOL; Marcello Corrêa, editor de Política do Valor Econômico; Renata Agostini, colunista do jornal O Globo; Vera Rosa, repórter especial e colunista do Estadão; e Vinicius Mota, secretário de redação da Folha de S.Paulo. Houve ainda a participação do cartunista Luciano Veronezi.