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Amigos fazem buzinaço para celebrar última sessão de quimioterapia de dentista em Salvador

Lysandra Soares, de 31 anos, descobriu câncer de mama após autoexame no final de 2024

  • Foto do(a) author(a) Yan Inácio
  • Yan Inácio

Publicado em 13 de agosto de 2025 às 20:42

Carros percorreram
Carros saíram de Luis Anselmo e foram até Ondina, em frente à clínica onde Lysandra faz o tratamento Crédito: Arquivo pessoal

Familiares e amigos da cirurgiã-dentista Lysandra Soares, de 31 anos, emocionaram ao organizar um buzinaço em Salvador, nesta terça (12), para homenagear a última sessão de quimioterapia dela contra um câncer de mama.

O grupo de cerca de 20 pessoas saiu da casa da vó de Lysandra, em Luís Anselmo, e passou pelas avenidas Bonocô, Ogunjá e Vasco da Gama em carros decorados com balões cor-de-rosa e cartazes com mensagem de apoio à cirurgiã-dentista. A parada final foi em Ondina, em frente à clínica onde ela faz o tratamento oncológico.

“Me senti muito feliz, querida, amada. Isso é muito importante, porque receber esse diagnóstico não é fácil, não é fácil fazer cirurgia, quimioterapia, a questão financeira e da auto estima. Saber que tem pessoas conhecidas e desconhecidas que se alegram com sua conquista é muito gratificante”, disse Lysandra.

A também cirurgiã-dentista Tacyanne Novais, amiga de Lysandra desde a faculdade, disse que as pessoas que estavam na rua também aderiram à homenagem. “Foi bem bacana, porque o pessoal entrou na programação mesmo, todo mundo passava, buzinava, aplaudia, desejava, falava palavras de afeto, de carinho. Todo mundo entrou na onda. Foi bem emocionante, ela ficou muito emocionada, muito feliz.”

Buzinaço em homenagem a Lysandra Soares por Arquivo pessoal

Lysandra descobriu o câncer de mama no final de 2024, com um autoexame feito durante o banho, em que ela encontrou um caroço na região da mama esquerda. Depois de fazer exames, ela descobriu que se tratava de um tumor maligno de alta agressividade e foi indicada uma mastectomia bilateral, que é a remoção das duas mamas. Ela realizou a cirurgia no início deste ano e começou as sessões de quimioterapia após se recuperar.

Moradora de Capim Grosso, a cerca de 270 km de Salvador, ela conta que os deslocamentos para as 15 sessões, assim como os efeitos colaterais dos remédios, viraram sua vida de cabeça para baixo. “São muitas idas e vindas, é bem desgastante. Não só do físico, mas do financeiro, e bagunçou a rotina da minha filha e do meu esposo”, conta.

Agora, ela continuará a tratar a doença com sessões de radioterapia e fará um tratamento com bloqueio hormonal pelos próximos cinco anos. “Passar na pele é ainda mais sensível. Até você entender o que está acontecendo de fato com seu corpo é um turbilhão de emoções. Mas graças a Deus, mesmo com um diagnóstico tão complicado, minhas chances de cura são muito grandes”, relembra Lysandra.

O objetivo dela agora é fazer com que mais mulheres saibam sobre o diagnóstico precoce do câncer de mama. “A má alimentação, a vida estressante que a gente leva, a carga tripla de trabalho, além das predisposições. Se a gente, como mulher, não ficar alerta com os sinais que o corpo, quando vai tratar, pode ser tarde”, alerta.