Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Yan Inácio
Publicado em 3 de novembro de 2025 às 18:36
Após cerca de 15 dias internada, a cuidadora de idosos Sueli Barbosa dos Santos, de 53 anos, morreu na tarde do último domingo (2). A mulher teve quase 50% do corpo queimado após uma explosão em uma barraca no terminal Pirajá no último dia 18. >
O acidente aconteceu depois que a atendente tentou acender um fogareiro com álcool. Depois do ocorrido, a cuidadora de idosos Sueli Barbosa dos Santos foi levada às pressas ao Hospital Teresa de Lisieux. Ela teve queimaduras de segundo e terceiro grau na face, tórax e abdômen e ficou com 47% do corpo queimado.>
Sueli Barbosa dos Santos, de 53 anos
Amigos e familiares de Sueli fizeram um protesto pacífico no terminal nesta segunda. Segundo Beatriz Reis, de 28 anos, filha da vítima, a CCR Metrô tem sido omissa em relação ao caso e à fiscalização de barracas de ambulantes no local.>
“A gente resolveu se manifestar, cobrando justiça. Eles não prestaram apoio à nossa família, enviaram assistente social mas ela só falou com a gente por dois dias. E quando mandamos a notícia da morte, nem nos responderam. Abri uma ocorrência contra eles porque quero resposta”, disse Beatriz.>
De acordo com a filha de Sueli, a dona da barraca onde o acidente aconteceu continuou utilizando álcool para acender o fogareiro da barraca e só alterou a técnica nas últimas semanas. Ela disse que segundo relatos de outros ambulantes do terminal, incêndios em barracas costumam acontecer frequentemente.>
“Minha família está destruída. Porque foi a vida de minha mãe e poderia ser de qualquer pessoa. Eles foram omissos a este caso, se comportando como se nada tivesse acontecido”, desabafou Beatriz.>
Em nota, a CCR Metrô Bahia lamentou o falecimento de Sueli e se solidarizou com familiares e amigos. A concessionária reforçou que no dia do ocorrido, "agentes de atendimento e segurança prestaram os primeiros socorros a duas pessoas que ficaram feridas em um princípio de incêndio na barraca de uma vendedora ambulante no Terminal Pirajá. O Samu foi acionado e deu continuidade ao atendimento", diz o comunicado.>
A concessionária também frisou que é proibida a utilização de materiais inflamáveis, bem como a venda de produtos nas dependências das Estações e Terminais de Ônibus do Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas, exceto quando devidamente regulamentada e já autorizada pelas autoridades competentes.>
Segundo a CCR Metrô Bahia, uma estratégia permanente é adotada para impedir a atuação de vendedores ambulantes nas dependências da estações e terminais. "Os agentes de atendimento e segurança realizam rondas regulares e ações coordenadas de fiscalização, reforçando o compromisso com a ordem e a segurança dos clientes. A empresa conta também com a colaboração de todos para que não consumam esses produtos e informem aos colaboradores sobre qualquer ocorrência", escreveu.>