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Esther Morais
Publicado em 22 de julho de 2025 às 11:33
Moradores do Rio Vermelho têm observado uma novidade na decoração dos postes da região. Ao caminhar pelo bairro é possível encontrar estruturas metálicas em formato de espinhos. Um dos registros foi feito na Rua Caetité, mas a instalação tem objetivo: coibir o roubo de fios junto às antenas de 5G. >
A esttutura é um dispositivo anti-trepação, comumente usado para impedir que pessoas escalem o poste. As hastes dificultam a subida e são uma medida de segurança.>
Em uma imagem que circula pelas redes sociais, é possível ver que na parte superior do poste há uma caixa metálica de grande porte, para o fornecimento de internet. Abaixo da caixa, está fixada a estrutura circular com várias hastes metálicas inclinadas para baixo, formando um desenho semelhante a um guarda-chuva aberto de cabeça para baixo.>
A medida, adotada por uma empresa de telefonia, chamou atenção pela aparência inusitada, mas, segundo relatos, não tem impedido a ação de criminosos, que já estariam arrancando a proteção para revender o metal. "Se roubam, é porque tem quem compre", reclamou um morador ao blog do Rio Vermelho.>
A reportagem procurou as Polícia Militar e Civil para saber se houve denúncia sobre o caso, mas não recebeu retorno até a última atualização da matéria. O espaço segue aberto. >
Vale lembrar que o projeto que aumenta as penas para quem furta cabos e equipamentos de energia e telefonia (PL 4.872/2024) está perto de virar lei. Aprovado pelo Senado em abril, o projeto foi confirmado pela Câmara e seguiu para a sanção do presidente da República. >
A pena por furto desses bens passará para dois a oito anos de reclusão (hoje, é de um a quatro anos). No caso de roubo - ou seja, quando o crime envolver ameaça ou violência - a pena, que é de quatro a dez anos de reclusão, será elevada entre um terço e metade. Se o roubo comprometer o funcionamento de órgãos que prestem serviços públicos essenciais, como saneamento básico e transporte, a pena passará a ser de seis a 12 anos.>
Em 2024, cerca de 100 toneladas de cabos e equipamentos foram furtadas ou roubadas no país, de acordo com a Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel).>
Aumenta também a pena para o crime de receptação de fios e cabos. A receptação inclui ações como comprar, guardar, ocultar ou vender o material roubado. A pena, variável de um a oito anos, será aplicada em dobro em caso de receptação qualificada.>
Em outros pontos, o projeto prevê a aplicação de penas para empresas que tenham concessão, autorização ou permissão para oferecer serviço de telecomunicações que usarem fios e cabos roubados, e dobra as penas se o crime for cometido por ocasião de calamidade pública.>
A proposta aumenta ainda as penas para o crime de lavagem de dinheiro, que saem de três a dez anos para dois a 12 anos de prisão.>
Com informações da Agência Senado >