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Preso, dono de ferro-velho ofereceu R$ 5 mil em suborno para policiais penais em Salvador

Em troca, agentes deveriam dar benefícios para o acusado

  • Foto do(a) author(a) Esther Morais
  • Esther Morais

Publicado em 16 de outubro de 2025 às 09:14

Marcelo Batista responde por diversos crimes
Marcelo Batista responde por diversos crimes Crédito: Reprodução

O dono do ferro-velho acusado de matar dois ex-funcionários no bairro de Pirajá, na capital baiana, agora também é suspeito de oferecer suborno, no valor de R$ 5 mil, para policiais penais. Marcelo Batista está detido na Cadeia Pública de Salvador, na Mata Escura, e, na terça-feira (14), teria oferecido o dinheiro a um agente, em troca de facilidades para integrar a equipe de custodiados que realizam atividades laborais na unidade.

O servidor recusou a proposta e comunicou o ocorrido à Coordenação de Segurança. Na quarta (15), o homem foi levado à direção da unidade para prestar esclarecimentos e, durante o trajeto até o setor, tentou subornar um outro policial penal, oferecendo novamente a mesma quantia.

A direção da Cadeia Pública então determinou a condução do interno à Central de Flagrantes para adoção das medidas legais cabíveis e a instauração do procedimento de conduta do apenado. O interno prestou depoimento e depois foi reconduzido ao Complexo da Mata Escura. 

Em nota, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) reforçou que adota todas as medidas necessárias para preservar a ordem e a integridade do sistema prisional baiano. O caso seguirá sob investigação.

Relembre o caso

Os ex-funcionários Paulo Daniel e Matusalém Silva desapareceram após saírem de suas casas para trabalhar no ferro-velho de Marcelo Batista, localizado no bairro de Pirajá. Antes de desaparecerem, eles foram acusados pelo dono do empreendimento por furto de alumínio. Considerado suspeito dos assassinatos, o empresário foi procurado pela polícia durante sete meses.

Familiares dos dois jovens contaram ao CORREIO que ambos começaram a trabalhar no local três semanas antes de desaparecer. O trabalho, no entanto, não tinha vínculo empregatício formal e os dois nunca tinham comentado sobre situações de violência envolvendo o dono da empresa. A única reclamação era sobre as condições de trabalho.

Veja o momento da prisão de Marcelo Batista por Divulgação

Quatro dias depois do desaparecimento dos funcionários, a polícia entrou no ferro-velho para procurá-los após cães farejadores indicarem que Paulo Daniel estava no local antes de desaparecer. Três dias depois das buscas, a Polícia Civil pediu a prisão de Marcelo e a fuga do empresário foi iniciada. Em janeiro, pelo menos dois policiais militares foram presos acusados de envolvimento no desaparecimento e morte dos funcionários.

Marcelo Batista responde a, ao menos, nove processos que estão em tramitação na Justiça do Trabalho. Outros 60 foram arquivados. As acusações abordam descumprimento de pagamento de salário, horas extras, assédio sexual e tortura. Os crimes teriam sido cometidos dentro do estabelecimento em Pirajá.

Matusalém e Paulo Daniel desapareceram em novembro de 2024 por Reprodução