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Saiba quais os trechos que registram mais afogamentos em Salvador

Sete praias da capital baiana são listadas pelo Corpo de Bombeiros pela alta frequência de situações de afogamento

  • Foto do(a) author(a) Elaine Sanoli
  • Elaine Sanoli

Publicado em 10 de setembro de 2025 às 06:00

Bandeira vermelha
Bandeira vermelha Crédito: Shutterstock

A praia de Amaralina, local em que foi encontrado o corpo do jovem Lucas Santana, após um afogamento no último domingo (7), é uma das sete praias de Salvador em que o Corpo de Bombeiros se mantém em aleta com maior frequência. Junto com as praias do Farol e Porto da Barra, Buracão, Ondina, Paciência, Amaralina integra a lista de pontos com maior incidência de afogamentos na orla de Salvador.

O major do Corpo de Bombeiros André Matos explica que como característica comum, essas regiões possuem correntes de retorno, são praias de tombo, isto é, possuem trechos de mudança abrupta de profundidade, ou combinam fatores para além do clima como grande volume de pessoas e consumo intenso de bebidas alcoólicas pelos visitantes.

Ele acrescenta que, por ter influência de múltiplos fatores, não há uma disparidade em termos de alertas para o número de afogamentos. Se no final do inverno ainda é um período em que há menos pessoas frequentando as praias, o que levanta a necessidade de atenção são as condições naturais do mar. "Nesse período em que se finaliza o inverno e começa a primavera é o momento em que temos mais tempestades oceânicas. Elas chegam ao litoral carregando muita energia nas zonas e quanto mais energia chega no litoral, maior é o retorno do fluxo de água", alerta o major.

Do outro lado da moeda, nos meses mais quentes, como dezembro, janeiro e fevereiro, fatores humanos e sociais como o volume de pessoas que frequentam as praias e o consumo de bebidas alcóolicas eleva o risco de afogamentos na orla de Salvador. "Por um lado seria a força do mar, em áreas que têm menos frequentadores. Por outro lado, seriam as questões relacionadas ao aumento da quantidade de correntes e experimentadores de ambientes aquáticos", reafirma.

Matos ressalta que, a qualquer tempo, locais com correntes de retorno precisam ser evitados, dado alto risco de gerar afogamentos. Caracterizada por fluxos de água do mar em movimento de alta velocidade saindo da praia com direção ao oceano, as correntes de retorno são formadas a partir da água que chega com as ondas e retorna para a costa. Além disso, o major aponta que é preciso estar atento para os locais indicados com as bandeiras do Corpo de Bombeiros e do Salvamar*, pois há constantes com frequência do local em que se formam essas correntes. "O mar muda constantemente o seu relevo marinho. As tempestades oceânicas, quando chegam no litoral, carregam muita energia e fazendo a movimentação dos bancos de areia. E isso faz com que haja a mudança dos locais onde tem corrente de retorno", explica.

Além desses, o profissional elenca outros seis pontos de atenção para evitar afogamentos, sendo eles:

- Manter atenção redobrada com crianças no mar. A recomendação é ter a distancia de segurança de apenas um braço;

- Evitar o uso de bebida alcoólica em ambientes de praias, para evitar exposição a riscos;

- Manter-se distante de embarcações;

- Não utilizar equipamentos, como boias, sem certificados de flutuabilidade;

- Evitar a utilização de colchões infláveis para brincadeiras, visto que a pessoa pode ser deslocada para uma zona mais funda;

- Evitar locais em que as ondas não quebram com muita força.

"Nesses locais normalmente as ondas não quebram porque ali está posicionada uma corrente de retorno. As pessoas se colocam no local de risco por conforto de banho e se deparam com a situação de corrente de retorno e não percebem", disse Matos.