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Saiba quem é o capitão da PM preso por suspeita de vender armas para facção na Bahia

Nas redes sociais, o policial ostentava uma rotina de luxo

  • Foto do(a) author(a) Esther Morais
  • Esther Morais

Publicado em 11 de dezembro de 2025 às 09:53

Saiba quem é o capitão da PM preso por suspeita de vender armas para facção na Bahia
Saiba quem é o capitão da PM preso por suspeita de vender armas para facção na Bahia Crédito: Reprodução

O capitão da Polícia Militar da Bahia (PM-BA) Mauro Grunfeld foi preso novamente na manhã desta quinta-feira (11), em Salvador, durante a megaoperação Zimmer. Ele é suspeito de integrar uma organização criminosa envolvida com tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, comércio ilegal de armas e crimes violentos.

Grunfeld já havia sido preso duas vezes, em maio e julho de 2024, no âmbito da Operação Fogo Amigo, que apurava um esquema de venda ilegal de armas e munições para facções da Bahia, Pernambuco e Alagoas. Ele foi solto após decisões judiciais, mas voltou a ser preso depois que o Ministério Público recorreu.

Saiba quem é o capitão da PM preso por suspeita de vender armas para facção na Bahia por Reprodução

Em maio deste ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) revogou a prisão preventiva e aplicou medidas cautelares, como entrega do passaporte e comparecimento periódico à Justiça. A reportagem não conseguiu localizar a defesa do militar, mas o espaço segue aberto.

Nas redes sociais, o policial ostentava uma rotina de luxo, com fotos em iates na Baía de Todos-os-Santos e viagens internacionais para destinos como San Andrés e Morro de Monserrate, na Colômbia.

R$ 10 milhões movimentados e relação com facções

As investigações apontam que o capitão fazia parte de uma organização criminosa suspeita de movimentar quase R$ 10 milhões entre 2021 e 2023 com a venda de armas. Grunfeld atuava como negociador. Além disso, o oficial responde a um inquérito por homicídio doloso ocorrido em 2013, durante uma ronda em Santa Cruz Cabrália, no litoral sul da Bahia.

Em julho do ano passado, após novo recurso do MP, a Justiça voltou a decretar a prisão do capitão. Segundo o órgão, as condições que motivaram a primeira preventiva “não haviam mudado”, justificando a nova detenção.

Durante as diligências da Operação Fogo Amigo, foram apreendidos:

uma arma registrada em nome de terceiro;

grande quantidade de munição de vários calibres;

documentos que indicavam transporte de mercadorias;

registros financeiros compatíveis com o comércio ilegal de material bélico.

O nome de Grunfeld voltou a aparecer este ano na Operação Skywelker, do Ministério Público da Bahia, que investiga a atuação do Comando Vermelho (CV) em Feira de Santana.

Embora ele não esteja entre os 32 denunciados em 28 de junho, o capitão foi citado por receber “quantia expressiva” da dona de uma empresa de limpeza usada para lavagem de dinheiro da facção.

O que diz a PM?

Em nota divulgada hoje (11), a Polícia Militar informou que a Corregedoria da corporação cumpriu o mandado de prisão “diante da necessidade de aprofundar investigações sobre o eventual envolvimento do militar em crimes tipificados na Lei de Drogas”.

A corporação afirmou ainda que mantém “compromisso permanente com a legalidade, a disciplina institucional e a ética profissional”.

A ação que levou à nova prisão do capitão cumpre mandados na Bahia e em outros cinco estados: Sergipe, Espírito Santo, São Paulo, Santa Catarina e Pernambuco.

Ao todo, 39 pessoas foram presas. Cerca de 400 agentes participam da ofensiva, coordenada pelo Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), com apoio das polícias Militar, Federal e do Departamento de Polícia Técnica (DPT).

Segundo a Polícia Civil, estão sendo cumpridos mais de 90 mandados judiciais contra integrantes dos setores operacional, logístico e financeiro da organização criminosa. A Justiça também autorizou o bloqueio de R$ 100 milhões e o sequestro de bens.

“A investigação identificou uma complexa associação criminosa responsável pelo abastecimento e preparação de entorpecentes, além da utilização de pessoas físicas e jurídicas para dissimular a origem ilícita dos valores”, informou a corporação.

Tags:

Operação Pm